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Evolução dos embarques anualizados de carne de frango

Volume acumulado no final desse período retrocedeu


Analisando-se a evolução dos embarques anualizados de carne de frango dos últimos quatro anos (2015 a 2018) constata-se – com surpresa – que o volume acumulado no final desse período retrocedeu, praticamente, ao mesmo nível registrado quatro anos antes, no início de 2015.

Demonstrando, em janeiro de 2015 o volume acumulado em 12 meses dos quatro principais itens exportados (frango inteiro, cortes, industrializados e carne salgada) foi de 3,966 milhões de toneladas. E exatos quatro anos depois, em janeiro de 2019, o acumulado em 12 meses somou 3,964 milhões de toneladas – 0,05% a menos.

É verdade que as exportações de janeiro passado devem ter sido ligeiramente maiores que as apontadas pela SECEX/MDIC (aparentemente, os dados finais do mês foram contabilizados em fevereiro corrente). Mas a constatação acerca do retrocesso aos níveis dos primeiros meses de 2015 persiste até mesmo quando se adota, nessa demonstração, a média trimestral móvel dos embarques anualizados. 

Pelo gráfico, observa-se que após relativa estabilidade no primeiro semestre de 2015, as exportações acumuladas em períodos de 12 meses ultrapassam os 4 milhões de toneladas e passam a evoluir continuamente pelos 12 meses seguintes. Em junho de 2016, especificamente, alcançou-se a marca, anualizada, dos 4,5 milhões de toneladas. Mas, pela média trimestral, o máximo atingido foi de 4,467milhões de toneladas em julho de 2016.

A partir daí começa o descenso. Contínuo pelo segundo semestre de 2016, mas com sinais de reversão no primeiro trimestre de 2017. Mas aí acontece a Operação Carne Fraca. E, coincidência ou não, a queda se torna mais aguda.

Nova fase de reversão ocorre no segundo semestre de 2017, mas tem pouca duração. Antes mesmo do encerramento do exercício, o total acumulado em 12 meses – influenciado ou não por ocorrências como a segunda fase da Operação Carne Fraca, greve dos caminhoneiros e introdução de mudanças no sistema de abate Halal – entra em declínio contínuo e só volta a apresentar tênues sinais de estabilidade no último trimestre de 2018. 

Em 2018, fecharam o exercício com 4,013 milhões de toneladas. Mas, na média dos últimos cinco meses (setembro de 2018 a janeiro de 2019), ficaram em 3,987 milhões de toneladas. É o mais fraco resultado registrado desde meados de 2015.

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