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Exames descartam doença da vaca louca em 49 animais sacrificados

Animais da empresa JBS/ Friboi foram abatidos na sexta-feira



Foi descartada, por meio de exames laboratoriais, a doença da vaca louca (Encefalopatia Espongiforme Bovina -EEB) nos 49 animais abatidos na última sexta-feira (25 de abril) no frigorífico da empresa JBS/ Friboi localizado no município de São José dos Quatro Marcos (315 km ao oeste de Cuiabá). O resultado do exame realizado pelo Laboratório Nacional Agropecuário de Pernambuco (Lanagro-PE) nas amostras de todos os bovinos sacrificados, foi divulgado nesta quinta-feira (01.05) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e descartou a ocorrência da doença.

Os animais foram separados do rebanho depois que uma vaca de uma das fazendas do município, na fronteira com a Bolívia, foi identificada com a chamada marcação priônica (falha em partículas de proteínas importantes para o desenvolvimento dos neurônios. Para estes casos, a recomendação internacional prevê a destruição desses animais e por isso houve o sacrifício dos 49 bovinos. Agora, foi constatado que não estavam infectados.

“Isso demonstra de forma inequívoca que o animal identificado é um caso isolado e não representa risco algum para a sanidade animal e à saúde pública. Essas medidas foram adotadas visando encerrar as atividades de campo, independentemente do resultado conclusivo que ainda está por ser enviado pelo laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), localizado em Weybridge, na Inglaterra”, disse o Mapa em nota divulgada nesta quinta-feira.

O animal identificado com suspeita de EEB já estava em um frigorífico em São José dos Quatro Marcos, pronto para o abate, quando a equipe de inspeção sanitária chegou para uma vistoria de rotina, no dia 19 de março. À ocasião, os técnicos verificaram que a fêmea de 12 anos apresentava distúrbios neurológicos por estar caída. Ela foi sacrificada e incinerada.

Após o episódio, as autoridades sanitárias do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) e também do Mapa, entram em ação para investigar o caso. Para isso, foram inspecionados em 11 propriedades rurais, mais de 4 mil animais e identificados 49 bovinos em plena condição física de saúde e com idades de 11 e 13 anos. Isso porque a vaca que apresentou sintomas da doença tinha idade de 12 anos. Assim, animais que tinham nascido 1 ano antes e 1 ano depois dela foram mortos.

“Todas as ações foram sustentadas nas recomendações sanitárias do Código de Animais Terrestres da OIE, visando cumprir com os seus dispostos, mantendo assim o Brasil com a melhor classificação mundial sanitária para EEB, que é de risco insignificante”, diz o comunicado do Mapa.

Esclarece ainda que desde 1990, o Mapa aplica medidas de prevenção e vigilância dessa doença, que são atualizadas constantemente, em consonância com as informações científicas disponíveis e as recomendações da entidade internacional. Justifica um eventual registro da enfermidade não configura risco sanitário, visto que as medidas de mitigação de risco atuais são suficientes para evitar a reciclagem e amplificação do agente causador”.

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