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Excesso de chuva preocupa produtores do MS


Embora as chuvas que caíram até agora estejam bem abaixo do índice registrado em fevereiro de 2002, os agricultores que plantaram soja começam a ficar preocupados com o clima por causa das pancadas quase diárias e poucos dias ensolarados.

Algumas áreas de soja precoce foram colhidas, enquanto outros produtores estão fazendo a dessecação das lavouras para tentar antecipar a colheita. Mas o tempo não tem ajudado nos últimos dias. Com excesso de umidade, não é recomendável colher.

No sábado, a temperatura às 8h era de 17 graus, bastante atípica para o período de verão. Na verdade, de madrugada fez frio, o que concorre para atrasar a maturação dos grãos.

A estação agroclimatológica da Embrapa Agropecuária Oeste informou que até sexta-feira havia sido registrado o índice de 79 milímetros, enquanto em fevereiro do ano passado foram 384,5 mm. “Dificilmente atingiremos essa quantidade de chuva até o final do mês”, comentou o observador meteorológico Jovair Martins.

No mês passado choveu 130,6 milímetros em Dourados; em 2002, foram 146,1 mm em janeiro – quantidades equivalentes. Mas em fevereiro de 2002 e 2003 os índices foram desiguais.

Produção

O agrônomo Sérgio Miranda, que atua na assistência técnica, disse que as colheitas feitas até o momento apresentam produtividade entre 50 e 65 sacas, dependendo da qualidade do solo e do uso correto de insumos no preparo da terra. “Quem investiu em tecnologia, colherá mais”, frisou.

Os agricultores têm pressa em colher a soja, de olho no milho de inverno que, quanto mais cedo for plantado, menos risco com seca e geadas. A partir do começo de março deve ser intensificada a colheita, porque a meteorologia prevê abertura de sol, menos tempo nublado e com garoas. A entrada dos primeiros lotes de soja começam a derrubar os preços: na sexta-feira, o valor médio da saca estava a R$ 37, no disponível. Mas o corretor Amarildo Palma lembrou que se o tempo firmar, o sol aparecer e a colheita aumentar é provável que o produto cai para R$ 34 a saca, porque o Paraná também está colhendo a soja.

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