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Expansão de transgênicos nos líderes em produção

Em Mato Grosso, a soja GM avançou de 55% para 66% da área plantada


Os grãos transgênicos ganharam área em regiões que eram consideradas redutos de sementes convencionais. É o caso das lavouras na área de abrangência da cooperativa Castrolanda (Castro, PR), que se manteve afastada da produção transgênica até que a opção fosse autorizada por pesquisas internas. Nesta safra, os cooperados cobrem um terço da área da soja e até dois terços das lavouras de milho com sementes modificadas. Entretanto, foi a expansão massiva do cultivo transgênico nos estados líderes em grãos que garantiu maior participação às novas tecnologias.

Em Mato Grosso, a soja transgênica avançou de 55% para 66% da área plantada, apesar da tradicional atenção do Oeste do estado às preferências do mercado europeu. Isso significa que 3,73 milhões do total de 6,22 milhões de hectares dedicados à cultura neste ano estão sendo cultivados com sementes modificadas. A produção de milho de Mato Grosso é considerada inexpressiva no verão. No Paraná, a soja RR saltou de 66% para 83% e o milho tolerante a insetos de 44% para 71%. O estado dedica 3,88 milhões de hectares e 544 mil hectares a sementes modificadas, respectivamente. No Rio Grande do Sul, onde a soja transgênica se expandiu primeiro, a tecnologia é usada em praticamente 100% das lavouras de soja e, no milho, a proporção chega a dois terços.

Em participação, o milho GM já ultrapassou a soja modificada em muitas fazendas. Elton Sartori, de Riachão das Neves (BA), conta que as sementes RR, que ganhavam 30% da uma área de 2 mil hectares, neste ano representam 70% da oleaginosa. No milho, o limite técnico de 90% foi atingido no ano passado, primeira safra da tecnologia Bt na região. “Para ano que vem, a tendência é plantarmos só transgênicos”, afirma.

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