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Expedição Safra: EUA derrubam pessimismo


Na medida em que avança a colheita nos Estados Unidos, aumenta o número de agricultores surpresos com os rendimentos das lavouras de soja e milho. Em roteiro iniciado ontem pelo Corn Belt, o cinturão de milho do país, a Expedição Safra Gazeta do Povo ouviu o agricultor Dwight Olsen, de Maple Park, Região Norte do estado de Illinois, que concluiu os trabalhos de campo com produtividade dentro da média histórica, que fica entre 3,6 mil e 4 mil quilos de soja por hectare (61/67 sacas/ha). “Antes de começar a colheita, achava que se conseguisse média de 3 mil kg/ha (50 sacas/ha) estaria ótimo”, disse.


Na área de milho que está sendo colhida, Olsen também tem visto rendimento acima do esperado. Até agora, a média é de 11,5 mil quilos por hectare (193 sc/ha). Em anos normais, a produtividade fica entre 11,8 mil e 12,5 mil kg/ha (198/209 sacas/ha).

Técnicos e jornalistas da Expedição Safra 2012/13 concluem no final desta semana o roteiro de viagens pelos quatro dos principais estados produtores de grãos do país. Esta é a segunda vez que a Expedição percorre os campos norte-americanos neste ciclo. O percurso deve somar mais de 2 mil quilômetros. No Brasil, as equipes iniciam a sondagem no dia 22.

A expectativa entre os produtores norte-americanos é que o Usda aumente ligeiramente a produtividade média do milho e consideravelmente a da soja. Os números serão divulgados na próxima quinta-feira (11). Em pesquisa prévia, a agência Bloomberg aponta que a produção de milho deve totalizar 269,2 milhões de toneladas, contra 271 milhões estimados anteriormente. A produtividade prevista pela empresa deve se manter em 7,6 mil kg/ha (127 sacas). Para a soja, a projeção considera aumento na produção, que deve atingir 75,1 milhões de toneladas, ante 71,5 milhões. O rendimento também deve subir, para 2,4 mil kg/ha (41 sacas), contra 2,3 mil kg/ha (39 sacas) previstas um mês atrás.


A Jefferies Bache, uma das maiores corretoras dos Estados Unidos, espera que este aumento total na oferta será compensado por uma demanda igualmente maior. “A expectativa é que o Usda aumente a estimativa de exportação do país, que ainda ficaria abaixo do número do ano passado, e que o volume de esmagamento também seja elevado. Isso poderia estabilizar a queda nos preços”, comenta Stefan Tomkiw, vice-presidente de Futuros para a América Latina.

Colaborou Cassiano Ribeiro

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