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Experimento mostra impacto de adubação biológica na soja

Biotecnologia aumentou produtividade e aumentou a taxa de desfrute do fósforo


Foto: Marcel Oliveira

Um experimento realizado no Rio Grande do Sul buscou avaliar como insumos biológicos podem impactar na adubação da soja.  A área observada fica no município de Rondinha e usou a biotecnologia Microgeo, produzida pela empresa de mesmo nome, e que foca em restabelecer o microbioma do solo independente da cultura e do manejo, fazendo a reposição microrganismos no sistema agrícola.

Cada microrganismo desempenhará sua função promovendo resultados multifuncionais na lavoura, tais como: bioestruturação física do solo, saúde ecológica do solo e da planta, maior eficiência nutricional e consequentemente, maior produtividade.

A área experimental eleita já fazia uso do adubo biológico produzido e para o ensaio foi observada a 3ª safra. A safra do experimento foi a 2014/15. A propriedade plantou soja no verão, cevada no inverno e voltou a plantar soja no verão 2015/16. Foi feita a análise de solo da área experimental, realizado pelo departamento técnico da Cotrisal.

CM: área com a Biotecnologia; SM: área sem uso da Biotecnologia.

 

ARGILA

(%)

pH

(H20)

SMP

P

(mg/dm3)

K

(cmolc/dm³)

M.O.

(%)

Al

(cmolc/dm³)

CM

60,0

5,1

5,4

36,0

0,9

3,7

0,5

SM

60,0

5,3

5,6

22,7

0,7

3,7

0,3

 

Ca

(cmolc/dm3)

Mg

(cmolc/dm3)

Al+H

(cmolc/dm3)

CTC

(cmolc/dm3)

CM

5,3

1,7

8,7

16,6

SM

6,2

2,0

7,2

16,2

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Conforme interpretação da análise de solo, foi aplicado calcário dolomítico a taxa variável, cloreto de potássio (120 kg/ha) taxa variável, 50 kg/ha de Sulforgran e 40 kg/ha de Produbor. Para a semeadura da cultura da soja a intenção de adubação de base convencional era de 234 kg/ha de NPK 07-34-12 + Ca, S e Micronutrientes. No entanto, baseado na análise de solo e no objetivo da pesquisa, realizou-se a redução de 30% da dose do fertilizante de base, sendo a dose de 160 kg/ha. A dose de aplicação do Adubo Biológico foi de 150 L/ha e mais aplicações foliares ao longo do ciclo do cultivo da soja.

Os resultados de produtividade da soja mostram que: áreas que fizeram uso do adubo biológico obtiveram maiores produtividades em 11,1 (70 sc/ha) e 17,7% (72,9 sc/ha) em relação às áreas sem uso da biotecnologia respectivamente as doses de 234 e 160 kg/ha de fertilizante.

A taxa de desfrute do nutriente fósforo (P), foi maior no tratamento com a biotecnologia com a dose de fertilizante de 160 kg/ha, obtendo 102% de desfrute do nutriente enquanto no tratamento sem a biotecnologia e com 160 kg/ha de fertilizante obtivemos 85% de desfrute do nutriente P.  O adubo biológico também proporcionou maior eficiência do fertilizante mineral garantindo maiores produtividades na cultura da soja safra 2015/2016.

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