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Expoagro 2014 – Extensionistas abordam criação de abelhas no RS

Espaço tem 18 espécies de abelhas nativas sem ferrão


O público visitante da 14ª Expoagro - evento que acontece até quinta-feira (27.03), no Parque da Afubra, na localidade de Rincão Del Rey, em Rio Pardo, no Rio Grande do Sul - tem a oportunidade de conferir todo o processo de criação de abelhas, desde a captura do enxame até a retirada do mel, na parcela de Apicultura/Meliponicultura do espaço da Emater/RS-Ascar na feira. Através do compartilhamento do conhecimento a respeito do manejo das abelhas, os extensionistas da Emater/RS-Ascar buscam a recuperação e preservação de espécies nativas. 

Nesta edição do evento, estão sendo contempladas tanto as abelhas com ferrão quanto as sem (meliponídeos). O público que visita o espaço tem a oportunidade de andar entre 18 espécies de abelhas nativas sem ferrão, expostas em caixas adaptadas para cada uma delas, pois, de acordo com a população e características específicas dos animais, as dimensões da caixa precisam ser adequadas. 

Os visitantes ainda têm a oportunidade de acompanhar explicações sobre todo o processo de manejo dos insetos, iniciado com a captura do enxame, que acontece através de iscas feitas com garrafas pet ou com as próprias caixas contendo um pouco de cera – o que o responsável pela parcela, Luis Antônio Marmitt, chama de “agrado” para as abelhas. Depois que o enxame faz o ninho no interior da isca, as abelhas são transferidas para as caixas indicadas para cada espécie, que devem ter um espaço para o ninho, o sobreninho (onde as abelhas armazenam mel para o inverno), além da melgueira, estrutura utilizada quando o criador decide fazer a retirada do mel para o consumo familiar e comercialização do excedente, processo que também é exposto pelos extensionistas. 

“Na natureza, cada região, bioma e ecossistema tem espécies que se adaptam melhor, em decorrência do clima, flora, altitude e outros fatores. Em alguns locais as abelhas foram desaparecendo, por conta do desmatamento e do uso de agrotóxicos. Com esse trabalho, de mostrar ao agricultor como preservar as abelhas, seja na natureza ou através da captura, estamos buscando resgatar esses importantes animais”, afirma Marmitt. 

“A criação de abelhas é uma alternativa de geração de renda para o produtor, além de cumprir muito bem o papel de atividade de lazer. Mas as atividades de meliponicultura e apicultura são também importantes para a natureza, pois ajudam a preservar as abelhas, que fazem a polinização de árvores e plantas nativas. As abelhas nativas sem ferrão são fáceis de criar; as pessoas podem ter no jardim, no pomar, na varanda da residência”, pontua o técnico agrícola da Emater/RS-Ascar, Paulo Teixeira. 

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