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Exportação de carne de frango rende menos que há um ano; e não só em US$

A carne de frango in natura exportada pelo Brasil viu seu preço médio recuar quase um quarto em relação ao valor alcançado um ano antes


Quando, perto de um ano atrás (outubro de 2015), a carne de frango in natura exportada pelo Brasil viu seu preço médio recuar quase um quarto em relação ao valor alcançado um ano antes (de US$1.946,91/t para US$1.515,86/t – mais de 22% de redução), o fato não causou preocupação ao setor exportador.

Porque, em essência, a valorização do dólar neutralizava totalmente as eventuais perdas que poderiam recair em moeda brasileira. Até pelo contrário, por sinal. Pois, por exemplo, naquele mesmo outubro, a carne de frango in natura exportada no mês alcançou, em real, valor 23% superior ao de um ano antes, ou seja, aumentou de [cerca de] R$4.770/t para [cerca de] R$5.870/t.

Mas, com a recuperação da moeda brasileira esse cenário começou a sofrer radical transformação, ainda que a partir de fevereiro tenha (aparentemente) se reiniciado novo ciclo de alta do produto in natura no mercado internacional. 

Como resultado dessa recuperação, o preço médio externo registrado no último mês de julho ficou menos de 5% abaixo do alcançado um ano antes - o menor índice negativo dos últimos 18 meses. 

Mas a desvalorização do dólar foi mais forte e os efeitos internos mais deletérios. A ponto de o preço recebido em reais ter apresentado evolução negativa em relação a julho de 2015. Ou seja: o que, um ano antes, foi negociado por R$5.381/t, não chegou, agora, a R$5.200/t, enfrentando mais de 3% de redução.

O índice de queda é, à primeira vista, pequeno. Mas, frente à inflação acentuada, a um aumento de custos que varia entre 30% e 40% e a um mercado interno incapaz de remunerar adequadamente o produto, o resultado é decepcionante. 

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