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Exportação de carne em Minas Gerais cresce 125%


Produtores mineiros estão se beneficiando, e muito, com a abertura dos mercados internacionais para as carnes de frango, peru, bovinos e suínos depois da ocorrência da doença da "vaca louca", nos Estados Unidos e no Canadá, e da gripe aviária, na Ásia. É o que aponta um levantamento divulgado pela Superintendência de Economia Agrícola da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

Segundo os dados, obtidos a partir de uma comparação entre o primeiro bimestre de 2003 e o mesmo período em 2004, o crescimento relativo das exportações mineiras foi superior à média dos negócios realizados pelo conjunto dos produtores brasileiros do setor.

Os números no Estado são encarados como animadores pela Seapa e por produtores do setor. De acordo com a análise, enquanto o crescimento das exportações brasileiras nesses segmentos foi de 3,9% em volume exportado e 34,65% em receita obtida, a soma das exportações dessas carnes em Minas Gerais foi 125,2% maior em valor e 66,4% superior em toneladas, em comparação com os dois primeiros meses de 2003.

O levantamento também destaca a evolução das exportações mineiras de frangos, que alcançaram 8,5 mil toneladas contra 6,7 mil toneladas no primeiro bimestre do ano passado, com crescimento de 26,6%. O valor das exportações subiu de US$ 4,098 milhões para US$ 6,437 milhões (57%). No quadro das exportações brasileiras, o volume cresceu de 319,9 para 341,5 toneladas, ou 6,75%.

"Hoje, o Brasil é um dos únicos países do mundo sem problemas sanitários, oferecendo frango para mais de 100 mercados", afirma o diretor superintendente da Pif Paf, Luiz Carlos Mendes Costa. Com larga experiência no setor de exportações, a empresa é uma das que vêm sendo beneficiadas pela ocorrência da gripe aviária no Oriente. Atualmente, a Pif Paf exporta 9,6 mil toneladas por ano, com perspectivas de ampliar para 12 mil toneladas. Em 2003, o faturamento da empresa foi de US$ 10 milhões e as estimativas para este ano apontam para a cifra de US$ 14 milhões. O mercado externo responde por 12% dos lucros, mas, segundo Costa, o objetivo é aumentar essa participação.

Os negócios com a carne bovina mineira aparecem em ascensão. Conforme a análise, a receita das exportações subiu a US$ 4,8 milhões, contra US$ 1,8 milhões no primeiro bimestre de 2003. O volume colocado no exterior saltou de 1,2 mil toneladas para 2,7 mil toneladas, variação de 124,4%. "Por sorte, acabamos ocupando espaço no mercado internacional. A tendência agora é consolidar a pecuária no exterior, mas, como o Brasil não tem tradição no setor de exportação, ainda é preciso muito trabalho", avalia o diretor financeiro da Associação Brasileira de Gado Zebu (ABCZ), Arnaldo Prata Filho.

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