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Exportação de frutas cai

Já em relação a preços no mercado interno, mamão, melancia e banana tiveram alta


Foto: Eliza Maliszewski

O setor de hortifrúti foi um dos mais afetados na pandemia. De acordo com um estudo da Esalq/Cepea, quase 70% dos produtores tiveram rentabilidade prejudicada. Isso refletiu nas exportações. Segundo o Boletim Prohort, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o volume de exportação de frutas acumulado no Brasil até junho de 2020 foi 4,34% menor em relação ao mesmo período de 2019, e o valor em dólares diminuiu 12,28%. Destaque para o crescimento, mesmo nesse cenário, do volume das exportações de limões e limas, banana, nozes e castanhas e laranja.

Já os preços no mercado interno variaram. A Conab avalia, mensalmente, o desempenho de banana, laranja, maçã, mamão, melancia, nas principais centrais de abastecimento do país. 

A banana teve a maior alta em Brasília (DF) com 21,9%. A fruta teve queda de oferta nos principais entrepostos. A oferta da banana nanica diminuiu em virtude do fim da safra nas principais regiões produtoras e o ciclone extratropical que atingiu regiões catarinenses e paranaenses no início de julho também deve comprometer a oferta de banana nanica no futuro, pois derrubou muitas plantações.

A maçã teve alta acima de 10% em Curitiba (PR) e em São Paulo (SP). Com a oferta controlada via uso de câmaras frias, a variedade gala teve maior alta. A fugi se manteve estável.

O mamão teve alta chegando a 47,4 % em Vitória (ES). Houve queda de oferta do papaya, o que propiciou a elevação dos preços recebidos pelos produtores e cobrados nas Ceasas. Já produtores do formosa tiveram mais problemas em garantir sua rentabilidade.

A melancia também sofreu elevação de mais de 51% em Brasília (DF). A motivação foi a baixa oferta, por causa da menor produtividade nas regiões goianas que abastecem o mercado nessa época do ano.

A laranja foi a única que registrou queda na maioria das regiões, com 12,1% em Brasília (DF) e 11% em Fortaleza (CE). O mercado de laranja teve queda de preços e aumento da oferta, porém em intensidade e volume menor do que no ano passado. Essa dinâmica também é explicada pela demanda reduzida por causa do frio e da pandemia.

 

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