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Exportação de sêmen cresce 428,25%

De 2000 a 2004, o crescimento das exportações de sêmen foi de 428,25%, fechando o ano com U$ 379 mil negociados


A genética desenvolvida nos animais brasileiros começa a conquistar o mundo, mas o potencial de exportação ainda está subutilizado, reclama o presidente da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) e diretor da Alta Genetics, Heverardo Rezende Carvalho. Segundo ele, ainda há poucos acordos sanitários do Brasil com outros países, o que impede que o país possa exportar tanto animais vivos como doses de sêmen. De 2000 a 2004, o crescimento das exportações de sêmen foi de 428,25%, fechando o ano com U$ 379 mil negociados. Em relação aos animais vivos, o crescimento foi de 3.156%, ambos de gado de corte.

Na contramão, a importação de sêmen de gado leiteiro, de vacas holandesas, segundo Heverardo, é muita alta. “Ainda importamos muito, porque é mais vantajoso economicamente comprar o sêmen de fora. Se o produto nacional ficar mais barato, certamente a situação será invertida", acredita Heverardo. Para se provar (comprovação de que ele é um garanhão) um touro, é necessário muito trabalho e anos de pesquisas científicas. Ele fertiliza diversas vacas em diferentes situações. Depois que nascem, os seus filhos serão testados. Caso seja comprovada uma melhora genética, o touro está aprovado e pode valer até U$ 300 mil, segundo Heverardo Carvalho.

Os países que mais compram animais brasileiros estão na África (Angola, Costa do Marfim, Senegal), América do Sul (Bolívia, Paraguai, Colômbia Uruguai e Venezuela) e até mesmo no Oriente Médio (Líbano). Já na compra de sêmen, os produtores brasileiros vendem para a Europa (França e Suíça) para os país compradores dos animais.

Mercado interno

No mercado interno, o crescimento também é grande, mas ainda falta divulgação, avalia Heverardo Carvalho. “Acredito que neste ano teremos um crescimento variando entre 10% e 20%. Se os produtores soubessem das vantagens econômicas proporcionadas pela inseminação artificial, certamente as vendas aumentariam", acredita.

O presidente da ABCZ, Gabriel Prata Rezende, conta que a raça Brahman, uma espécie de Zebu desenvolvida a partir do cruzamento de quatro outras raças, é a que mais se encontra no mercado. Vinda da Ásia, ela se adaptou ao clima e solo brasileiros muito bem. Como a Índia não desenvolveu seus animais com interesse de comercialização, por considerar o animal sagrado, atualmente o Brasil detêm a tecnologia de ponta da raça.

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