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Exportação gera investimentos no campo


A boa fase dos agronegócios no país, que se reflete mês a mês em resultados positivos - e recordes - no saldo da balança comercial brasileira, é o principal combustível para os investimentos das agroindústrias e cooperativas brasileiras. Com isso, empresas ligadas aos agronegócios como Toniello, Sadia, Perdigão, Minerva e a Comigo, continuam firmes em suas estratégias de expansão, de olho em novas fronteiras.

Com o bom desempenho das exportações, as empresas tiram o gás necessário para consolidar seus investimentos. No mês de abril, não podia ser diferente. Os produtos do agronegócio mais uma vez tiveram forte influência para o incremento das receitas das exportações de itens básicos, de acordo com o relatório da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) ainda não compilado pelo Ministério da Agricultura.

Nos primeiros quatro meses do ano, as exportações de produtos básicos somaram US$ 7,7 bilhões (Fob), com aumento de 32,1% sobre o mesmo período de 2003. O bom resultado reflete, em boa parte, segundo a Secex, a participação dos resultados no campo.

Com exceção dos grãos, que registraram ligeiro recuo em abril em razão da quebra da safra, as exportações brasileiras do agronegócio avançaram no mês, não somente em receita, como em volume. Foi o caso das carnes - que tiraram espaço dos tradicionais países exportadores, como os Estados Unidos, afetados pela gripe aviária -, mas também do açúcar, que registrou forte incremento com a boa demanda no exterior, analisa Fábio Silveira, diretor da MS Consult.

As exportações de açúcar bruto e refinado atingiram no mês passado 726,9 mil toneladas, um crescimento de 244,5% sobre o mesmo mês do ano passado. Em receita, os embarques somaram US$ 113,5 milhões, alta de 192% na mesma comparação.

Nos primeiros quatro meses do ano, as receitas de exportação das carnes de aves, bovinas e suínas somaram US$ 1,4 bilhão, um aumento de 46% em relação ao primeiro quadrimestre de 2003. Os embarques de soja em grão caíram quase 900 mil toneladas no mês de abril e registraram recuo de 3,6% na receita, para US$ 568,6 milhões no mês. No consolidado do ano até abril, os valores atingem US$ 1,248 bilhão, com aumento de 29,4% sobre o mesmo período do ano passado.

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