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Exportações baianas têm recorde histórico em 2011

O algodão foi o setor que mais cresceu (129%)


A Bahia registrou, no ano passado, o saldo comercial de US$ 3,2 bilhões, o melhor resultado da história do comércio exterior baiano. Tanto as exportações, que alcançaram US$ 11 bilhões e crescimento de 24% em relação a 2010, quanto as importações, com US$ 7,8 bilhões e incremento de 15,8%, apresentaram recorde.


Os preços favoráveis das matérias-primas ajudaram a impulsionar as vendas fora do país. Na média, houve crescimento de 20% em toda a pauta baiana em comparação a 2010. Já o aquecimento da economia baiana e o dólar barato contribuíram para compras também elevadas no exterior.

Países emergentes – "O resultado recorde das exportações foi obtido mesmo com a crise financeira nas principais economias mundiais, além do câmbio desfavorável na maior parte do ano", disse o coordenador de Comércio Exterior da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), Arthur Souza Cruz.

Segundo ele, o crescimento das economias dos países emergentes, principalmente os da América Latina e da Ásia, sustentou a demanda externa por produtos da Bahia. Argentina e China foram os dois maiores destinos dos produtos baianos em 2011.

As commodities agrícolas e minerais exportadas pela Bahia foram os destaques da pauta do ano passado. Petróleo e derivados lideraram as vendas, com 18% de participação, seguido do setor de papel e celulose, com 16,4%. Isoladamente, os setores que mais cresceram em relação a 2011 foram algodão (129%), cobre (46%), soja e derivados (38%), café (36%) e ouro (15%).


Por causa dos preços altos e da forte demanda, principalmente chinesa, a participação das commodities nas exportações baianas aumentou de 63%, em 2010, para 69%, em 2011.

Na área dos manufaturados, o setor químico/petroquímico teve 2,5% de crescimento em relação a 2010, ocupando a terceira posição entre os principais segmentos de exportação. Pneus, com incremento de 42%, e material elétrico (3,5%) também tiveram desempenho positivo. O mesmo não aconteceu com o setor automotivo (queda de 11,6%) e calçados (-13,7%).

Bens de consumo duráveis se destacam nas importações

As importações tiveram o ritmo de crescimento reduzido, nos dois últimos trimestres do ano, acompanhando o movimento de desaceleração da produção industrial em razão da expansão menor da economia doméstica.

Influenciado pela aquisição de automóveis importados, o setor de bens de consumo duráveis registrou o maior incremento do ano, com 30,2%, seguido pelos bens intermediários (27,8%), puxado, principalmente, pelo preço das commodities no mercado internacional e que pesam na pauta de importações do estado – trigo, minério de cobre, cacau e petróleo.

Nafta, minério de cobre, automóveis, fertilizantes, cacau, trigo e petróleo e derivados foram os principais produtos da pauta de importações do estado em 2011, respondendo por 62% do total das compras externas no ano.

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