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Exportações crescem 12% no MT

Soja movimentou US$ 3,779 bilhões este ano


Mato Grosso encerrou o primeiro semestre deste ano com exportações 12% superiores ao que foi movimentado no mesmo período de 2010. Foram US$ 5,103 bilhões entre janeiro e junho deste ano contra US$ 4,545 bilhões nos 6 meses dos ano passado. Mas foram as importações que demonstraram crescimento mais significativo, com alta de 75% em igual intervalo analisado. O Estado comprou US$ 777,651 milhões em 2011, mais de US$ 300 milhões a mais do que o contabilizado em 2010.


Entre os motivos para o aumento das exportações, os bons preços das principais commodities produzidas em Mato Grosso estimularam a comercialização com outros países. A soja, por exemplo, movimentou US$ 3,779 bilhões este ano, valor superior ao comercializado durante todo o ano de 2010, que foi de US$ 3,289 bilhões. O grão é o principal produto vendido para outros países e representa mais da metade da receita do Estado na Balança Comercial.

Valorização no preço dos produtos, aliás, também foi um dos motivos para crescimento das importações. Economista e especialista em Comércio Exterior, Vítor Galesso, explica que com melhor rendimento, há também maior investimento por parte dos produtores e empresas do setor do agronegócio. Isso porque, maior parte dos produtos comprados é insumo agrícola. "Com melhor rendimento, houve um desembolso maior para compra de produtos para investir na próxima safra, sobretudo o algodão, que teve 70% de aumento na produção e é um dos produtos que mais consomem defensivos e fertilizantes".

Mas importação não é, necessariamente, vista de forma negativa pelo setor empresarial. Presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Jandir Milan, afirma importação é uma excelente fonte de renda para o Estado e que é pouco explorada. Segundo ele, diferentemente da exportação, que é isenta de imposto estadual, a importação paga Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que gera receita e emprego local. "Governo deveria estimular mais as importações, até porque, os produtos que são trazidos não têm produção local e assim não representam concorrência para empresas e indústrias locais".


Um dos segmentos que ainda não desfruta da importação direta de outros países é o comércio. Conforme explica o vice-presidente da Federação do Comércio de Mato Grosso (Fecomércio), Hermes Martins, lojistas do Estado ainda costumam se abastecer nos grandes centros brasileiros, como São Paulo e Rio de Janeiro, e não compram direto dos fabricantes.

Junho - Em junho o Estado registrou crescimento de 28% nas exportações em comparação com o mesmo mês de 2010, quando foram enviados o equivalente a US$ 768,421 milhões e que neste ano subiram US$ 988,853 milhões.

Brasil - No país, a Balança Comercial (diferença entre exportação e importação) foi 64% superior neste primeiro semestre em comparação com os mesmos 6 meses de 2010. Saldo foi de US$ 12,966 bilhões.

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