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Exportações de arroz continuam intensificadas e ultrapassarão 2 mi de t

O Brasil passou a ocupar uma importante posição no cenário internacional


Por Marco Aurélio Tavares - Consultor
 
Em janeiro, as exportações de arroz continuaram intensificadas, e alcançaram 222,5 mil toneladas (base casca), conforme dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Faltando ainda um mês para finalizar o ano agrícola (março a fevereiro), as exportações brasileiras já totalizaram 1,987 milhão de toneladas e portando, já ultrapassaram, com folga, as previsões do mercado, que projetava 1,8 milhões de toneladas, recorde histórico, e que no curto prazo, dificilmente deverá ser batido.
 
As importações em janeiro, refletindo a pouca disponibilidade do produto no MERCOSUL atingiram apenas 45,8 mil toneladas, e com o acumulado de 758,4 mil toneladas, nos últimos onze meses, o saldo atual na Balança Comercial do cereal aponta para um superávit, também histórico, de 1, 228 milhão de toneladas.
 
O Brasil, com o notável desempenho nas exportações na atual safra, passou a ocupar uma importante posição no cenário internacional, pois se encontra entre os seis maiores exportadores mundiais do cereal, alterando substancialmente o seu papel neste importante contexto, onde tradicionalmente era considerando um dos maiores importadores do cereal.
 
Entretanto este cenário será bastante alterado para a próxima safra. O último levantamento divulgado pela Conab, na última quinta-feira (09-02), indicando nova redução na safra brasileira de arroz, superior a 2,5 milhões de toneladas ou quase 18%, determinará um quadro de suprimentos bastante ajustado, com os estoques finais girando em torno de um milhão de toneladas (2012/13), e naturalmente, alterando consideravelmente as variáveis que compõem a oferta e a demanda.
 
 
Este quadro projeta para a nova safra um cenário mercadológico bastante diferenciado em relação ao ano anterior. Os números definitivos da produção e a extensão da quebra de safra no Brasil e no MERCOSUL (resultante dos fatores climáticos adversos e dos baixos preços que desestimularam o plantio) e principalmente, a necessidade de recorrer ao mercado externo (e todas as suas implicações) para suprir a demanda interna, paradoxalmente alterando o perfil do país no mercado internacional, novamente, serão fatores vitais para a composição dos preços em 2012.

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