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Exportações de carne de frango batem novo recorde

De janeiro a julho, as exportações de frango cresceram 28% em volume


O frango ganhou a "quebra de braço" com as demais proteínas animais e vive, em 2007, o seu melhor ano da história. De janeiro a julho, as exportações de carne do setor cresceram 28% em volume - 1,82 milhão de toneladas - e 54,6% em receita - US$ 2,54 bilhões. O resultado foi superior ao esperado, fazendo com que as indústrias revisassem suas projeções para o ano. A idéia inicial era que as exportações de frango em 2007 repetissem os volumes e a receita de dois anos antes, pois em 2006 o setor foi prejudicado pela "crise da gripe aviária". Agora, a Associação Brasileira de Exportadores de Frango (Abef) projeta embarques de 3 milhões de toneladas (alta de 10%) e receita cambial de US$ 4,5 bilhões (mais 40%).

Segundo o presidente-executivo interino da Abef, Christian Lohbauer, o resultado é fruto de um aumento nas importações da União Européia e do Oriente Médio. De janeiro a julho, os dois blocos responderam em volume, respectivamente, por 31% e 17% das vendas brasileiras - para 24% e 14%, respectivamente, no mesmo período do ano passado.

O incremento das encomendas dessas duas regiões foi provocado por causas estruturais como a retomada do consumo e fim do pânico provocado pelos focos de gripe aviária em 2006; por uma redução de matrizes além do esperado, na Europa; pela substituição da carne bovina e suína pela de frango, em função de preço; e, no caso da China, pela retração no consumo de suínos, devido a focos da doença da Orelha Azul.

Em relação a 2005, o resultado é 13% maior em volume e 40% superior em receita. Em 2007, as aves têm o melhor preço dos últimos 12 anos - impulsionado pela demanda, pela disputa com as demais proteínas animais e também pelo encarecimento da matéria-prima, que provocou elevação nas cotações do frango. Desde janeiro, o preço médio subiu 15% para US$ 1,48 o quilo.

As exportações de carne de frango totalizaram embarques de 284 mil toneladas em julho, o que representa um aumento de 53% em relação ao mesmo mês em 2006. A receita somou US$ 440 milhões, um crescimento de 106%, na mesma comparação. Os números não refletiram a greve dos fiscais agropecuários - a estimativa é que um eventual prejuízo seja verificado no volume de agosto.

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