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Exportações de couros movimentaram us$ 190,2 milhões em abril

Aumento de custos, defasagem cambial e ‘Custo Brasil’ comprometem rentabilidade da indústria brasileira do couro


Aumento de custos, defasagem cambial e ‘Custo Brasil’ comprometem rentabilidade da indústria brasileira do couro

As exportações brasileiras de couros contabilizaram US$ 190,2 milhões em abril, com o embarque de 34,8 mil toneladas neste mês. A receita representa praticamente o mesmo valor apurado em fevereiro e aumento de 19% em relação ao mesmo mês de 2010, segundo cálculos do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), baseado no balanço da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.


Já o total acumulado de couros e peles no primeiro quadrimestre foi de US$ 684 milhões, crescimento de 23% em receita quando comparado aos quatro meses do ano passado e de 4% no volume embarcado de peças.

“Aparentemente foi um resultado positivo. Mas isso apenas na aparência. O mercado interno não absorve mais volume do produto por estar saturado, obrigando os curtumes a concentrarem seu foco nas exportações, sofrendo, assim, e cada vez mais, os efeitos nocivos da defasagem cambial”, explica o presidente do CICB, Wolfgang Goerlich.

Segundo o executivo, o aumento nos custos da matéria-prima em reais, quando transformada em dólares, acaba por eliminar a rentabilidade dos curtumes, provocando prejuízos às empresas exportadoras. “Este cenário pode se agravar ainda mais nos próximos meses, devido ao contínuo enfraquecimento dos preços no mercado mundial, o que será dramático para a indústria do couro”, adverte Goerlich.

A adversa política cambial é agravada por outros fatores como a elevada carga tributária, o aumento das taxas de juros e de contribuições sociais, aliados à excessiva burocracia, ausência de uma política de crédito para capital de giro e o ‘apagão logístico’, observa o executivo.

Apesar de tantos desafios, Wolfgang Goerlich salienta o esforço da indústria brasileira do couro para manter mercados duramente conquistados, e abrir novas frentes para aumentar a participação do couro brasileiro nos negócios internacionais.

Como exemplo, o presidente do CICB destaca iniciativas como o programa Brazilian Leather, realizado em associação com a Apex-Brasil – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, que divulga e promove o couro nacional em eventos, feiras e missões.

O Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil também promove ações como o II Fórum Internacional de Couro, realizado durante a Couromoda, em janeiro deste ano, e os preparativos para o I Congresso Mundial do couro, que está programado para novembro deste ano, no Rio de Janeiro, finaliza o presidente da entidade.




China e Hong Kong, Itália e Estados Unidos continuam sendo os principais destinos do couro nacional; Brasil também aumenta embarques para Alemanha, Coréia do Sul, México, Vietnã e Formosa

De janeiro a abril de 2011, os principais mercados do couro brasileiro foram a China e Hong Kong, com US$ 206,4 milhões (30,2% de participação e aumento de 11%); Itália, com US$ 153 milhões (22,4% de participação e elevação de 13%); Estados Unidos, com US$ 78,18 milhões (11,4% e crescimento de 40%); e Alemanha (US$ 26,27 milhões, 3,8%, aumento de 48%).

Neste primeiro quadrimestre, Coréia do Sul, com US$ 23,82 milhões (3,5% e 138%), México (US$ 22,25 milhões, incremento de 40%), Vietnã (US$ 18,9 milhões, elevação de 38%), Taiwan (Formosa, US$ 15,84 milhões, 103%) e Holanda (US$ 12,23 milhões, 4%) foram importantes destinos das exportações brasileiras.
Entre outros países que aumentaram as aquisições do produto nacional figuram a Noruega (US$ 11,68 milhões, 48%), Indonésia (US$ 11 milhões, 22%), Portugal (US$ 9 milhões, 88%), Hungria (US$ 9 milhões, 111%) e África do Sul (US$ 8,8 milhões, 31%).



Ranking dos estados exportadores de janeiro a abril de 2011


O Relatório do CICB informa no balanço das vendas externas de couros dos estados brasileiros no primeiro quadrimestre, em relação ao acumulado do ano passado, a retomada da liderança do Rio Grande do Sul (US$ 160,42 milhões, 23,5% de participação) como maior exportador nacional, seguido por São Paulo (US$ 154,31 milhões, 22,6% de participação), Paraná (US$ 75,33 milhões, 11%) e Ceará (US$ 62,45 milhões, 9%).
Os demais estados no ranking nacional são Goiás (US$ 45,5 milhões), Bahia (US$ 42,9 milhões), Minas Gerais (US$ 39,36 milhões), Mato Grosso do Sul (US$ 31,5 milhões), Mato Grosso (US$ 30 milhões) e Santa Catarina (US$ 14,88 milhões).


As informações são da assessoria de imprensa do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB).

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