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Exportações de couros registraram US$ 138,5 milhões em novembro

A receita das vendas externas de peças aumentou 20% ante novembro de 2009


Os embarques de couros contabilizaram US$ 138,5 milhões em novembro, atingindo US$ 1,58 bilhão nos onze meses do ano, segundo cálculo do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), com base na prévia da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior.

“A receita das vendas externas de peças aumentou 20% ante novembro de 2009 e 34% quando comparada ao mesmo mês do ano anterior. Entretanto, ao analisarmos o comportamento do setor em relação ao acumulado de 2008, quando foi desencadeada a crise mundial, houve redução de 11%, explica o presidente do CICB, Wolfgang Goerlich.

“Já o crescimento de 54% em valor dos embarques de janeiro a novembro deste ano, em relação aos onze meses de 2009, período crítico, é uma base de comparação que não pode servir de referência”, acrescenta o executivo.
Segundo Goerlich, as exportações de couros e peles neste ano devem ficar ao redor de US$ 1,7 bilhão receita 10% inferior a de 2008 e 46% superior ao ano passado. O grande fato em 2010 é que a indústria brasileira do couro não conseguiu recuperar o preço médio das vendas do ano pré-crise mundial, quando o setor registrou exportações em torno de US$ 170/180 milhões por mês.
 

Na análise setorial da SECEX, um aspecto destacado é que o segmento curtidor foi o que apresentou o maior crescimento do grupo de semimanufaturados no período janeiro-novembro 2010 em comparação aos onze meses de 2009.

“Alertamos, ao longo deste ano, sobre a crescente perda de competitividade que o setor vem sofrendo, devido aos efeitos nocivos do real supervalorizado, além das causas já amplamente conhecidas do ‘Custo Brasil’ – carga tributária abusiva, atrasos na restituição dos créditos da exportação, altos juros, falta de crédito para capital de juro, e excessiva burocracia”, destaca.

O presidente do CICB assinala que, além do exposto, existem outros obstáculos que comprometem a capacidade operacional para as empresas exportarem, e exemplo da falta de infra-estrutura, logística e de segurança provocando mais custos extras e financeiros, além de comprometer a imagem do setor.

“O Brasil tem uma participação de 13% do total de couros bovinos produzidos no mundo e ocupa o segundo lugar apenas atrás da China. Em faturamento nosso país está na quarta posição no ranking mundial e tem condições de crescer mais, pois a nossa indústria tem tecnologia moderna e boa produtividade. Nos falta apenas isonomia em relação aos nossos principais competidores”, assinala.

As informações são da assessoria de imprensa do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB).

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