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Exportações de frango começam a reagir

Depois de um primeiro semestre de preocupações, o momento é de otimismo para o setor


As exportações de frango começam a reagir. Depois de um primeiro semestre de preocupações, o momento é de otimismo.

Em dez dias os frangos já devem seguir da granja para o abate, quase prontos e com o peso bom. O criador não está tranquilo apenas pelo bom desempenho do lote. Queda nas exportações, redução nos alojamentos e preços mais baixos. O panorama do primeiro semestre já é coisa do passado e foi substituído pelo otimismo.

Em janeiro, o criador Alceu Stocker. Em vez de 12 dias de intervalo entre uma remessa e outra, que é o normal, chegou a ficar 23 dias sem pintinhos no aviário. A renda na mesma época também foi bem menor. Ele recebia R$ 6,8 mil por lote. Hoje, a média é R$ 9,7 mil.

“Voltou a produzir o que era esperado. Hoje, está dentro da meta que a gente tem”, disse seu Alceu.

A situação favorável na granja é reflexo da retomada das vendas na cooperativa onde o criador é integrado. Durante a crise a produção no frigorífico foi reduzida em 10%. As exportações caíram 30%. A cooperativa não perdeu clientes, mas houve queda nas encomendas.

Hoje, tudo voltou ao normal. Apenas os preços ainda podem melhorar. Cortes, como coxa e sobrecoxa, por exemplo, vendidos para a Ásia, ainda estão com os valores defasados em 25%. A possibilidade de negociar novos clientes, como a China, pode ajudar.

“O frango é um produto consumido no mundo todo, sem rejeição. Nesse momento, com a retomada da economia mundial, da para pensar em novos clientes”, disse Dilvo Grolli, presidente da Coopavel.

De acordo com o Sindiavipar, as vendas paranaense para o mercado externo de janeiro a junho deste ano foram 1,8% inferiores se comparadas ao mesmo período de 2008. Mas no mês de junho o cenário começou a ser revertido. Houve alta de 2,03% nas exportações.

Para o dono de outro frigorífico de Cascavel, não é hora de euforia, mas de cautela. A indústria de Alfredo Kaefer sofreu retração de 20% na produção desde o final do ano passado. “Temos de levar em conta que 30% de toda nossa produção é destinada ao mercado externo. Se tivermos qualquer tropeço no mercado externo, poderemos ter sobra de produto a nível de Brasil", disse.

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