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Exportações de frango em 2007 devem crescer 3,5%

O ano de 2007 sinaliza a volta à normalidade na produção mundial de frangos


Salvo uma desgraça sanitária, 2007 sinaliza a volta à normalidade na produção mundial de frangos, com projeções de 83,1 milhões de toneladas, ante as 80,3 milhões de toneladas previstas para este ano, quando ocorreu o primeiro recuo na história recente. Não fosse a influência aviária, que restringiu a produção das empresas, 2006 fecharia com algo próximo de 83,4 milhões de toneladas.

Para 2010, a estimativa é de uma produção mundial de 90,8 milhões, sendo que a participação brasileira (de 12,5% hoje) passará para a faixa de 13%. A partir de 2030, o País tem chances de avançar para 14% diante de uma produção esperada de 164 milhões de toneladas.

As projeções foram apresentadas por Osler Desouzart, diretor executivo do Fórum Mundial de Avicultura e presidente da OD Consulting, ontem, durante palestra sobre o mercado avícola nacional e internacional, no Fórum Gaúcho de Avicultura - Avisul 2006, promovido pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), em Bento Gonçalves, na serra gaúcha.

Segundo Desouzart, a demanda de carne de frango vai aumentar mais em mercados emergentes como a Ásia e a África e que os exportadores brasileiros devem ficar atentos ao novo cenário que começa a ser desenhado.

Acrescentou que a África e a Ásia "não tem comida nem grãos" e estão enfrentando o aumento da população. Por isto, Desouzart estima que haverá migração de exportações de carne de frango para os países em desenvolvimento e para consumidores como Japão e México.

Apesar de mostrar cenários positivos, o consultor não esconde preocupação com o futuro. "O mundo todo está torcendo para que aconteça algo de ruim aqui no Brasil", afirmou, acrescentando que temos as melhores condições para expansão de áreas cultiváveis para grãos, com cerca de 90 milhões de hectares disponíveis neste momento. "Temos um binômio virtuoso: alimento e bioenergia. Temos os elementos (clima, solo) e tecnologia para uma produção tropicalizada. Isto é um privilégio", destaca Desouzart. "Mesmo para um setor abandonado pelo governo", emendou.

O presidente do Instituto Latino-Americano del Huevo (ILH), James Abad, considerou absurdo o fato de países pobres, com problemas crônicos de anemia e desnutrição consumam pouco ovo, o alimento com mais proteínas e vitaminas de menor custo. Ele lembra que no Brasil, o consumo é de 100 unidades per capita por ano, enquanto no México chega a 350 ovos per capita por ano e no Japão é ainda mais elevado: média de 400 ovos per capita. De acordo com Abad, é inaceitável que os produtores, que são os principais interessados em mudar a situação "fiquem de braços cruzados".

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