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Exportações de soja em grão produzida em Mato Grosso superam 2010

Nunca se exportou tanto e em tão pouco tempo


Principal commodity mato-grossense quebra mais um recorde internacional. Nunca se exportou tanto e em tão pouco tempo


As exportações de soja em grão produzida em Mato Grosso superam, em apenas seis meses, todo o volume embarcado durante os 12 meses de 2010 e estão 92,76% maiores quando comparadas aos volumes encaminhados em igual período do ano passado. O Estado nunca vendeu tanta soja em um intervalo de tempo tão curto. Com esses volumes, das mais de 21,3 milhões toneladas (t) produzidas na safra 2011/12, no Estado, quase 60% já deixaram as fazendas, os armazéns e os portos nacionais.


De janeiro a junho deste ano, já saíram do Estado 8,79 milhões de t, ante um total de 8,65 milhões de t exportados de janeiro a dezembro de 2010. No primeiro semestre de 2011, 4,56 milhões de t haviam deixado os portos brasileiros com destinos aos principais consumidores internacionais da commodity mato-grossense.

Conforme dados divulgados na segunda-feira (9) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os volumes embarcados neste primeiro semestre, 8,79 milhões de t, superaram ainda, em 1,61%, o realizado em 2010, reflexo de uma demanda internacional aquecida, não apenas pelo maior apetite do mercado, mas também pela perspectiva de escassez do grão em um ano-safra de grandes perdas na América Latina e estimativas de quebras nos Estados Unidos, maior produtor mundial da oleaginosa.

A maior procura pela soja fez o preço internacional se manter alto e firme durante boa parte deste semestre, e no caso específico de Mato Grosso outro fator contribuiu muito para o rápido escoamento da safra 2011/12, a valorização do dólar frente ao real, fato que tornou a venda do grão que não estava travado de forma antecipada acontecer mais rápido, comparado a outras temporadas. Todos esses fatores juntos levaram a saca em Mato Grosso a R$ 65,37, recorde para a praça de Rondonópolis (210 quilômetros ao sul de Cuiabá), cuja valorização anual é de 57,10%. Em Diamantino (200 quilômetros ao norte de Cuiabá), a alta da saca é a maior do Estado, 62,78%.

O complexo soja (farelo, óleo e grão) soma receita de US$ 5,82 bilhões e 11,56 milhões de t. No primeiro semestre do ano passado, os negócios somaram US$ 3,77 bilhões e uma movimentação de 7,84 milhões de t. Apenas com as exportações de soja em grão, Mato Grosso soma receita de US$ 4,47 bilhões ante US$ 2,82 bilhões. Do total embarcado de janeiro a junho, a China importou US$ 3,18 bilhões e 6,14 milhões de t.


CARNES – A segunda pauta de maior importância no Estado, depois do complexo soja, acumula perdas na comparação com o primeiro semestre de 2011, tanto em receita quanto em volumes físicos embarcados. Conforme o Ministério, o complexo exportou de janeiro a junho deste ano US$ 606,58 milhões o equivalente a 183,89 mil t. No mesmo período de 2011, foram US$ 639,55 milhões e 199,12 mil t.

MATO GROSSO – O Estado encerra o primeiro semestre do ano em segundo lugar no ranking nacional dos maiores exportadores brasileiros, atrás apenas de São Paulo. De janeiro a junho deste ano, o Estado obteve receita de US$ 7,03 bilhões, 40% acima do registrado em igual período de 2011, US$ 5,03 bilhões. Com essa performance, Mato Grosso deixou a quarta posição nacional para assumir a vice-liderança. Somente em junho a receita cresceu 24,3%, de US$ 973,10 milhões (junho 2011) para US$ 1,20 bilhão. Entre os grandes exportadores brasileiros foi o único que registrou incremento ante igual mês do ano passado.

Além de São Paulo (US$ 8,22 bilhões) e Mato Grosso (US$ 7,03 bilhões), completam o ranking Paraná (US$ 6,37 bilhões), Rio Grande do Sul (US$ 5,20 bilhões) e Minas Gerais (US$ 3,61 bilhões).

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