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Exportações de suco de laranja têm queda de 11% nos oito primeiros meses da safra 2018/2019

Os embarques para o Japão somaram US$ 65.551, 4% acima dos US$ 63.310 do período anterior


Números obtidos entre os meses de julho de 2018 e fevereiro de 2019 mostram que as exportações de NFC (suco não-concentrado) registraram alta

As exportações brasileiras de suco de laranja concentrado, congelado, equivalente a 66º brix (FCOJ), nos oito primeiros meses do ano-safra 2018/2019 (julho de 2018 a fevereiro de 2019), registraram queda de 11% em relação ao mesmo período da safra anterior, totalizando 666.520 toneladas. Os embarques somaram US$ 1.247.518.000, volume 8% inferior aos US$ 1.355.444.000 registrados no mesmo período da safra passada.

Para a União Europeia, que é o maior consumidor do suco de laranja no mundo, os embarques somaram 423.086 toneladas, o que indica uma queda de 6% em relação às 450.967.000 toneladas exportadas no mesmo período da safra 2017/2018. O faturamento foi 2% menor que o registrado nos oito primeiros meses da safra anterior e somaram US$ 796.192.000 ante os US$ 815.445.000 daquele período.

A queda mais acentuada foi registrada nos embarques para os Estados Unidos. No período, foram exportadas 139.538 toneladas, 27% menos que o volume embarcado na safra passada, que foi de 190.383 toneladas. O faturamento caiu 26%, de US$ 337.325.000 (2017/2018) para US$ 248.634.000 (2018/2019). “Essa queda para o mercado americano se deve à recuperação da safra da Flórida, depois de um período seriamente afetado pelos efeitos do Furacão Irma. De certa forma, essa queda já era esperada”, diz o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto.

As exportações para a China, 4º maior mercado consumidor do suco de laranja no mundo, também caíram nos oito primeiros meses desta safra, totalizando 21.680 toneladas, 10% menos que em relação ao mesmo período da safra anterior, quando foram exportadas 24.023 toneladas. A queda no faturamento foi de 9%, somando US$ 43.734.000 ante os US$ 47.803.000 da safra 2017/2018. “Embora o Brasil seja o maior fornecedor de suco para a China, perdemos espaço para produção própria chinesa e também, para a entrada de suco de outros países, como o Chipre e a Espanha”, explica. “Existem regras aduaneiras que prejudicam operações a granel e tiram a competitividade do suco brasileiro em relação a fornecedores mais próximos daquele país”.

De acordo com Netto, essas questões têm sido bastante trabalhadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). “Esperamos que seja possível se chegar a um acordo com as autoridades chinesas porque nossas empresas associadas [Citrosuco, Cutrale e LDC] têm grande interesse no mercado chinês”, afirma.

O Japão continua registrando alta nas importações de suco de laranja brasileiro. Entre julho de 2018 e fevereiro de 2019, foram exportadas 33.478 toneladas para o país oriental, 1% mais que o volume embarcado no mesmo período da safra 2017/2018, que foi de 33.182 toneladas. Os embarques para o Japão somaram US$ 65.551, 4% acima dos US$ 63.310 do período anterior.

FCOJ e NFC

Entre julho de 2018 e fevereiro de 2019, as exportações de FCOJ (suco de laranja concentrado congelado) somaram 469.503 toneladas, queda de 17,5% em relação ao mesmo período da safra passada, quando foram exportadas 569.490 toneladas. O faturamento somou US$ 886 milhões, 13,8% abaixo dos US$ 1 bilhão no mesmo período da safra anterior.

Para a União Europeia, as exportações de FCOJ totalizaram 310.948 toneladas, 10,8% menos que no mesmo período da safra passada, quando totalizaram 348.864. O faturamento foi de US$ 588 milhões, 6,2% menor que nos oito primeiros meses de 2017/2018, que somou US$ 626 milhões.

Para os Estados Unidos, os embarques de FCOJ entre os meses de julho/18 e fevereiro/19 registram queda de 47,39%, com 61.611 toneladas antes as 117.109 toneladas do mesmo período da safra 2017/2018. O faturamento caiu 46,38%, de US$ 199 milhões em 2017/2018 para US$ 107 milhões nesta safra.

Os embarques NFC (suco não-concentrado em equivalência a 66º brix) registraram aumento de 12,10% nos oito primeiros meses da atual safra, em relação à anterior. Foram exportadas 198 mil toneladas ante as 176 mil toneladas da safra passada, e o aumento no faturamento foi de 10,37% totalizando US$ 362 milhões ante os US$ 328 milhões obtidos no mesmo período da safra passada.

Para a UE, os embarques de NFC totalizaram 112 mil toneladas, 9,8% superior que em 2017/2018, período em que foram embarcadas 103 mil toneladas. O faturamento alcançou US$ 208 milhões, 10,31% superior aos US$ 189 milhões atingidos no mesmo período da safra 2017/2018.

Para os Estados Unidos, as exportações totalizaram 78 mil toneladas, 6,35% acima das 73 mil mil toneladas do período anterior. O faturamento atingiu USD 141,7 milhões, 2,69% acima dos USD 138 milhões obtidos nos oito primeiros meses da safra anterior.
 

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