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Exportações do Paraná crescem 65% com destaque para soja


As exportações do Paraná em janeiro deste ano chegaram a US$ 415,3 milhões. Segundo dados da Secretaria da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, o resultado foi 65% maior em relação ao mesmo mês do ano passado, quando as vendas externas chegaram a US$ 250,8 milhões. Em comparação com o mês anterior, houve um aumento nas receitas de US$ 55,8 milhões. Em dezembro de 2002, as exportações totalizaram US$ 359,5 milhões.

Com esses resultados, o Paraná se manteve na quarta posição entre os Estados que mais exportam no país, mas sua participação do conjunto das vendas externas brasileiras subiu de 6,31% para 8,64%. "A posição é boa, mas o Paraná tem potencial para crescer muito mais", analisa o secretário Luis Mussi. "Para isso, vamos continuar apoiando a agroindústria e passar a incentivar a instalação de novas empresas nas regiões economicamente mais deprimidas".

Soja

A soja foi o produto paranaense mais exportado em janeiro. O complexo formado pelo grão, farelo e óleo atingiu, em janeiro, vendas de US$ 120 milhões. No mesmo período do ano passado, as exportações foram de US$ 42 milhões. Só o óleo de soja teve um incremento de 621%. Já a soja em grão e em farelo teve uma variação positiva de 105%. Um dos fatores que estimularam o crescimento foi a valorização do produto 25,62% nos últimos 12 meses.

Depois da soja, o produto de maior peso nas exportações de janeiro no Paraná foram os veículos, cujas vendas aumentaram de US$ 13,1 milhões para US$ 29,2 milhões em um ano, um incremento de 121%. Na seqüência, o produto paranaense mais exportado neste início de ano foram os motores automotivos, cujas vendas externas nos últimos 12 meses subiram de US$ 8,4 bilhões para US$ 23 bilhões, um incremento de 172%.

O açúcar ficou em quinto lugar na pauta das exportações do Paraná. As vendas externas do produto subiram de US$ 8,8 bilhões para US$ 20,7 bilhões, uma elevação de 133%. Logo após, aparecem o frango (US$ 18,7 bilhões), madeira compensada (US$ 15,4 bilhões), frango em pedaços (US$ 14,9 milhões), madeira serrada (US$ 9,5 bilhões), milho (US$ 9,3 bilhões) e café solúvel (US$ 8 bilhões).

EUA

Os Estados Unidos, um dos mercados consumidores mais exigentes do mundo, ainda são o maior comprador do Paraná. Em janeiro de 2002, os americanos importaram US$ 47,5 milhões em produtos paranaenses, resultado que saltou para US$ 68,8 nos primeiros trinta dias deste ano, respondendo por 16,5% do total exportado.

Em segundo lugar, aparece, como surpresa, o Irã, cujas compras do Paraná subiram de US$ 3,8 bilhões para US$ 41,4 bilhões, um aumento de 980%. Outro destaque foram as vendas para a Arábia Saudita, cujas compras do Paraná subiram de US$ 1,8 bilhão para US$ 23,3 bilhões, um crescimento de 1,148%. Com isso, a Arábia Saudita ficou em sexto lugar entre os maiores compradores do Paraná. Em terceiro, está a França, seguida da Holanda e da Alemanha.

Outro destaque entre os maiores compradores do Paraná é a Rússia, país emergente no comércio internacional e apontado pelo Governo Federal como um dos mercados prioritários na política de comércio exterior. Os russos aumentaram suas aquisições de produtos paranaenses em 298% em relação janeiro de 2002. Com esse desempenho, o país passa da 14º para a 8º colocação entre os nossos maiores clientes.

O fechamento dos números deste início de ano mostra também uma retomada das negociação com a Argentina. O crescimento de janeiro de 2002 para o mesmo mês de 2003 foi de 101,5%. O país, que está atravessando uma grave crise política e financeira, é o principal parceiro comercial paranaense no Mercosul. Segundo o secretário Luis Mussi, ainda há muito o que explorar e países emergentes como a China devem ser os próximos parceiros do Paraná.

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