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Exportações e bons preços do milho animam produtor de MG

O milho brasileiro está sendo vendido com boa cotação e a demanda aumentou muito


A safra recorde, quase sempre, é sinônimo de excesso de oferta, preços baixos para o produtor, prejuízos e desestímulo ao plantio seguinte, mas não é isso que está acontecendo no Brasil em relação ao milho.

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção estimada do País, neste ano, é de cerca de 51 milhões de toneladas do grão, e a perspectiva de exportação é da ordem de 7,5 milhões de toneladas. Minas Gerais tem safra prevista de cerca de 6,3 milhões de toneladas, mil a mais que o ano passado. Apesar do grande volume ofertado, o milho brasileiro está sendo vendido com boa cotação no mercado interno e a demanda internacional aumentou muito.

Para a Superintendência de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, a atual conjuntura aponta para o aumento de rentabilidade da cultura e os produtores estão animados para o próximo plantio. “Os números das exportações são os maiores dos últimos oito anos”, explicou o superintendente João Ricardo Albanez. “Esse incremento nos negócios é devido à oportunidade surgida no mercado internacional com a menor disponibilidade do milho americano, que foi destinado à produção de etanol nos Estados Unidos”.

De acordo com o Ministério da Agricultura, as exportações do milho brasileiro nos primeiros sete meses deste ano foram de 4,2 milhões de toneladas, com crescimento de aproximadamente 130% em relação ao mesmo período de 2006. Segundo o levantamento, as exportações do milho mineiro foram proporcionalmente superiores à do Brasil. Apesar da maior parte do grão colhido no Estado ser consumida no mercado interno, os embarques subiram de 1.163 toneladas para 65.526 toneladas no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2006, representando incremento de 5.635% na quantidade e 761% no valor exportado. “O incremento à exportação se deve ao milho em grão, cotado em cerca de US$ 162,80 a tonelada”, explica o superintendente João Ricardo Albanez.

Para ele, é importante, nesta fase, que os produtores controlem a euforia e programem o próximo plantio, considerando prováveis aumentos nos preços dos insumos, entre outros fatores.

A cotação da saca de 60 quilos de milho chega a R$ 21 no mercado interno, segundo a Minasbolsa. O maior volume da produção de Minas Gerais está concentrado nas regiões Sul, Triângulo e Alto Paranaíba. As lavouras da região Sul se destacam principalmente por não dividir espaço com outros cultivos, como a soja. Além disso, existe estímulo para o desenvolvimento de plantio em regiões próximas de criatórios de aves e de suínos, a fim de possibilitar a economia de frete e a garantia de abastecimento. Este trabalho é feito pelo programa Minas-Milho, coordenado pela Secretaria de Agricultura.

A principal justificativa do Minas-Milho é a de que mais de 70% dos custos das granjas estão concentrados na ração dos animais e, neste caso, as ações do programa podem facilitar o abastecimento. O programa apóia a formação de parcerias entre produtores, pecuaristas e indústrias com a participação, também, de instituições financeiras, cooperativas e prefeituras. As informações são da assessoria de imprensa do governo do Estado de Minas Gerais.

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