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Exportações mato-grossenses tem o pior julho em três anos

Complexo soja cai e derruba o desempenho das exportações mato-grossenses no mês de julho


Complexo soja reduz participação na pauta estadual e desempenho fica 10% abaixo do registrado em 2009

As exportações mato-grossenses em julho movimentaram negócios de US$ 800,82 milhões, o menor volume já verificado para o mês de julho nos últimos três anos. A queda sobre as vendas de soja em grão, farelo e óleo – produtos que juntos respondem por mais de 70% dos embarques – explica o desempenho do mês passado.

Conforme dados regionais divulgados ontem(13) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o volume registrado em julho deste ano é 10,91% menor do que o registrado em igual período do ano passado, quando os embarques somaram US$ 898,09 milhões. No mesmo mês de 2008, por exemplo – melhor desempenho estadual para um mês de julho –, as vendas avolumaram US$ 912,80 milhões.

No acumulado do ano, de janeiro a julho, a variação anual revela redução nos volume dos negócios de 2,85%. Em 2010, as exportações mato-grossenses registram US$ 5,34 bilhões, contra US$ 5,5 bilhões. A variação negativa foi puxada pelo recuo sobre as vendas de soja em grão e de óleo com queda de 16,24% e 27,36%, respectivamente de janeiro a julho. Com este desempenho, as vendas de soja em grão passaram de US$ 3,40 bilhões para US$ 2,85 bilhões e a participação na pauta estadual declinou de 61,90% do total exportado pelo Estado no período de comparação de 2009, para 53,37% em 2010. O óleo, que teve a maior redução do complexo soja, registra no acumulado dos sete primeiros meses de 2010 vendas de US$ 133,99 milhões contra US$ 184,46 milhões em igual período de 2009. Com isso, a participação do produto na pauta passa de 3,35% para 2,51%.

Enquanto o complexo soja vai tendo um ano ruim, marcado por seguidas perdas em receita e em volume exportado, o complexo carnes – segundo importante item da pauta estadual – encerra mais um mês em ascensão, com os cortes de frangos, suínos e bovinos em alta. Os cortes bovinos acumulam alta de 53,83% em volume exportado e de 58,47% em receita. Os embarques de frangos registram alta de 34,50% em volume e de 34,49% em receita. Os cortes suínos evoluíram também em volume exportado e receita de negócios, com altas de 33,92% e 33,93%, respectivamente.

DESTINO – A China continua sendo de longe o maior e melhor consumidor da pauta estadual. Os negócios realizados de janeiro a julho deste ano somam mais US$ 1, 1 bilhão, ou 36,58% do total exportado pelo Estado até o mês passado. De 2009 para 2010, o país asiático ampliou em quase 6% a relação comercial com Mato Grosso. Em seguida e com apenas 9,94% de participação vem a Holanda, que nada mais é do que a porta de entrada da pauta estadual na Europa. Em 2010 os embarques para aquele continente somam US$ 531,18 milhões, expansão de 2,70% sobre igual o mesmo período de 2009.

IMPORTAÇÕES – As compras mato-grossenses aumentam em 10,75% em 2010 na comparação com o mesmo período de 2009. As importações atingiram US$ 552,81 milhões, contra US$ 499,17 milhões em 2009. Os produtos para formulação dos insumos agrícolas, principalmente para fertilizantes, foram responsáveis por mais de 60% do total importado pelo Estado de janeiro a julho deste ano. O cloreto de potássio, principal aditivo químico na mistura, demandou US$ 337,23 milhões, 16,34% acima do desembolsado em 2009.

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