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FAEC fará plano de agronegócio para o CE

Essa é uma das metas do novo presidente da Faec, eleito essa semana


Com 90% da área total do Estado encravada na região semi árida e com uma política agropecuária ainda indefinida, o Ceará precisa traçar uma estratégia para o desenvolvimento do agronegócio no Estado. A avaliação é do novo presidente eleito da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC), o engenheiro agrônomo, Flávio Viriato de Saboya Neto, ao apontar algumas das primeiras propostas e metas da nova administração à frente da entidade, para o triênio 2011/2013.

Eleito na última quarta-feira (03-11), por 41 dos 46 presidentes dos sindicatos rurais filiados à FAEC, Saboya assume a presidência da Federação no dia 1º de janeiro de 2011, um dia após o término da sétima gestão consecutiva do atual presidente, José Ramos Torres de Melo.

“A FAEC inicia um novo ciclo depois de um longo período em que permaneci à frente da entidade, sem que nenhum outro companheiro tenha manifestado interesse em nos substituir”, disse Torres de Melo, logo após o anúncio do resultado. Para ele, foi uma batalha grande chegar pela primeira vez a um consenso, “fomos a todos os sindicatos e com o apoio de D. Nilza Luna nos elegemos Presidente da FAEC em 1989, período da minha maturidade civil”.

”Chegou o momento de sair, o Flávio e os Sindicatos precisam conviver com os novos governantes com a coragem suficiente de criticar na hora certa , e também compartilhar e participar do desenvolvimento do nosso país”, aconselhou Torres de Melo. Ele vai continuar à frente da Diretoria de Infraestrutura e Logística da CNA,em Brasília, mas disse que sempre estará à serviço da FAEC. E fez questão de manifestar sua amizade e apreço pelo novo dirigente eleito, seu vice-presidente em quatro mandatos.

“Sentimos hoje uma responsabilidade duplicada que será substituir à altura, o nosso líder Torres de Melo além de avançar, mais ainda, na defesa do patronato rural cearense, disse o novo presidente Flávio Saboya. Ele enalteceu o processo que resultou na chapa de consenso eleita e destacou “a satisfação pela forma democrática e participativa que construímos com todos vocês, disse na presença dos presidentes de sindicatos rurais”.

Paulo Helder, presidente do Sindicato Rural de Cascavel, que fica na região metropolitana de Fortaleza, destacou o legado de Torres de Melo. “O dr. Torres deu uma nova roupagem à Federação, com isso ela passou a ter importância que merece no Estado do Ceará. E disse o que vai acontecer na nova gestão. “Com o Flávio Saboya à frente da Federação, e eu como 1º vice-presidente, vamos continuar o trabalho e melhorando alguns setores e ainda em busca de recursos para que a entidade cresça, beneficiando todos os produtores rurais que são ligados à Federação”.

Para o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Aracati, Normando Soares, “substituir o Torres de Melo é muito difícil, mas a afinidade entre o Dr. Torres e o Dr. Flávio já aponta para uma boa gestão”. Acrescentou que está confiante na permanência do atual presidente em Brasília, ao lado da senadora Kátia Abreu. “Ele tem muito mais a fazer pelo Brasil à frente da diretoria da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil”, concluiu.


                                        Presidente da CNA, Senadora Kátia Abreu, ao lado de José Ramos Torres de Melo

Plano de agronegócio para o Ceará

"Qual o agronegócio ideal para o semiárido?. Precisamos encontrar respostas", defendeu Saboya, ao citar o seu primeiro desafio à frente da entidade. Como forma de dar maior velocidade ao desenvolvimento do setor primário no Ceará, ele sugere maior interiorização das ações da Faec e do Senar e maior unidade entre o Senar, o Centec e a Ematerce, para assegurar a integração das ações com as várias entidades, organismos e esferas de governo que atuam no setor. A proposta, sinaliza, é indicar diretrizes específicas, que respeitem à realidade de cada uma das regiões produtoras do Estado, em conformidade com as idéias e projetos apontados pelas 11 diretorias regionais.

Essa será a primeira ação de Saboya depois de assumir a presidência da Faec, a elaboração de um plano global para ser debatido com representantes do setor. "Vamos preparar um plano e apresentar no prazo de 90 dias, para que seja discutido nas diversas regiões e para buscarmos apoio", declarou Saboya.

O novo presidente da Faec explicou que todas as culturas e potencialidades produtivas serão levantadas e avaliadas para que o plano de agronegócio seja implementado. Para tanto, ele espera contar com o apoio do governador reeleito, Cid Gomes, e do novo governo Federal.

Quem é Flávio Saboya

Flávio Saboya Viriato de Saboya Neto é engenheiro agrônomo graduado pela Escola de Agronomia da Universidade Federal do Ceará (UFC), em 1969. Além disso, é especialista em Administração Pública, pela Fundação Getúlio Vargas, e em Comercialização de Produtos Agrícolas, na Espanha. Já coordenou Missões Oficiais Comerciais para aquisição de animais em países como a Inglaterra, Canadá e França. Em 2010, ocupou o cargo de 1º vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC), onde esteve por diversas vezes no exercício da presidência da FAEC, principalmente, reivindicando a oferta de milho junto ao MAPA e Conab como alimento animal e buscando melhorias para o segmento leiteiro do Estado. Saboya esteve à frente da superintendência do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional do Ceará (Senar-AR/CE) por 11 anos consecutivos, além de presidir a Associação dos Criadores do Ceará. Atualmente, Saboya é produtor de caju, pecuarista de leite e criador da raça Jersey, sendo por seis anos consecutivos diretor da Associação dos Criadores de Gado Jersey do Brasil e é membro da Comissão Nacional da Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

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