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FAEP pede medidas emergenciais para comercialização de trigo e milho

O momento exige medidas do Governo Federal para ajudar a escoar os estoques de milho e trigo no Paraná


O momento exige medidas do Governo Federal para ajudar a escoar os estoques de milho e trigo no Paraná. Os preços pagos ao produtor já estão deprimidos e podem cair ainda mais com a importação do trigo argentino e a entrada do milho do Centro Oeste e da safrinha paranaense.

A solicitação de apoio emergencial foi feita para o presidente da Conab e os ministros da Agricultura, Fazenda e Planejamento, através de minuta assinada pela FAEP, Secretaria de Agricultura (SEAB), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (FETAEP) e Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar).

“Hoje, o preço médio pago pelos atacadistas aos produtores é de R$ 27,46 por saca para o trigo e de R$ 15,12 por saca para o milho. Caso não haja intervenção direta do governo para regular o mercado, a situação tenderá a piorar”, alerta o documento.

As entidades pedem a implementação das seguintes medidas:

a) Trigo - Safra 2008

l Realização de leilões de Prêmio de Escoamento de Produto – PEP para 200 mil toneladas - imediato;

l Continuidade dos leilões de Valor para Escoamento de Produto – VEP, considerando a necessidade de desocupar os armazéns da CONAB.

b) Trigo - Safra 2009

l Aquisição do Governo Federal – AGF de 500 mil toneladas a partir de setembro de 2009;

l Realização de leilões de Prêmio de Escoamento de Produto – PEP para 500 mil toneladas;

l Realização de leilões de Contrato de Opção de venda para 500 mil toneladas a partir de janeiro de 2010.

c) Milho - 2ª Safra 2009

l Aquisição do Governo Federal – AGF de 200 mil toneladas – imediato;

l Realização de leilões de Prêmio de Escoamento de Produto – PEP para 300 mil toneladas por semana até ofertar uma quantidade de até 1,5 milhão de toneladas, destinadas para os mercados interno e externo.

As medidas são fundamentais, considerando que no Paraná deve haver um crescimento de 9% na área cultivada com trigo em 2009 e uma produção prevista de 3,37 milhões de toneladas que, se confirmada, será 5% superior a colhida em 2008. Agrava a situação, a disponibilidade de 340.000 toneladas de trigo da safra 2008 ainda não comercializada pelos produtores e de 360.000 toneladas do estoque do governo ocupando espaço nos armazéns.

Para o milho da segunda safra, além da produção da safra normal de 6,5 milhões de toneladas, cuja comercialização atingiu apenas 70% desse volume, existem ainda 4,7 milhões de toneladas da segunda, 90% não comercializadas, que estão contribuindo para deprimir os preços mantendo-os abaixo do mínimo de garantia de R$ 16,50 por saca.

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