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Faesc quer ampliação do seguro rural

Presidente da entidade considera o seguro um insumo essencial para o setor primário


A ampliação do número de beneficiários do seguro rural é uma necessidade das classes produtoras para reduzir o nível de imprevisibilidade do setor. A avaliação é do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo.


Observa que o seguro rural avançou muito pouco no Brasil: apenas 10% da área de grãos e culturas permanentes estão seguradas, o que representa 6,7 milhões de hectares. Mas essa situação pode mudar porque o Ministério da Agricultura aumentou os recursos destinado à subvenção. Em 2006, eram R$ 31,12 milhões; em 2011, a previsão é de R$ 406 milhões. Por outro lado, o fundo de catástrofe, que tem como proposta dar cobertura de caixa às seguradoras e resseguradoras em caso de grandes sinistros, receberá aporte de R$ 500 milhões, já aprovado pelo Congresso Nacional.

Para Pedrozo, esse incremento de recursos terá resultados positivos se diminuir o valor do prêmio, o custo que o produtor tem para contratar uma cobertura securitária. “Nesse custo reside o problema para a expansão do seguro em Santa Catarina”, assevera. O apoio estatal e a ampliação da concorrência, com a entrada de novas empresas ao mercado, em razão da quebra do monopólio do resseguro, poderão dinamizar esse mercado em favor de preços mais favoráveis aos produtores e empresários rurais.

O presidente da Faesc entende que o seguro, como produto, precisa ser aperfeiçoado e diversificar os objetos de cobertura. A maioria das apólices contratadas cobre perdas resultantes de fenômenos climáticos. Faltam produtos mais abrangentes que protejam a renda e não só a produção.


Pedrozo lembra que o risco na agricultura é permanente e não apenas decorrente de intempéries climáticas. O comportamento imprevisível do mercado, a inconstância das cotações agrícolas e do câmbio constituem riscos presentes. Por isso, o fortalecimento e a expansão do seguro rural passam pelo fortalecimento do tripé subvenção, fundo de catástrofe e resseguro.

O dirigente mostra que a escassez de informações econômicas e estatísticas para subsidiar a análise de riscos e o cálculo financeiro para composição dos termos das apólices constituem um problema porque influenciam a exatidão das informações, imprescindíveis para o crescimento do seguro rural.

Informações e dados irreais prejudicam a formatação das apólices, enquanto informações com credibilidade permitem que a avaliação de riscos e desenho das coberturas sejam mais justos e personalizados.

O presidente da Faesc considera o seguro rural um insumo essencial para o setor primário, capaz de determinar a permanência competitiva do produtor no campo ou sua expulsão no rastro do êxodo rural.

As informações são da assessoria de imprensa da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc).

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