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Faesc quer simplificação do sistema de rastreabilidade

O modelo atual, além de ser oneroso e difícil de ser cumprido, não traz vantagens financeiras


A posição do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em defesa da simplificação do sistema de rastreabilidade do rebanho brasileiro tem o apoio da Faesc. O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina, Nelton Rogério de Souza, disse que os criadores não suportam os custos e a complicação gerencial do sistema adotado pelo Ministério da Agricultura.

O modelo atual, além de ser oneroso e difícil de ser cumprido, não traz vantagens financeiras para os pecuaristas: as indústrias de processamento de carne bovina não remuneram os pecuaristas pelos gastos em rastreabilidade.

Nelton entende que a Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), que servirá de base para o novo Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov), precisa incorporar um conceito de desburocratização. O PGA está sendo discutido pelo Ministério e pelas entidades do setor agropecuário e prevê uma série de alterações no sistema nacional de rastreamento. Uma das mudanças previstas é a possibilidade de dois tipos de identificação nas fazendas: coletiva ou individual.

A coletiva destina-se aos animais cuja carne ficará no mercado interno ou será exportada para países que não exigem a rastreabilidade do rebanho. A segunda é a "brincagem" individual do rebanho, exigência da União Europeia (UE) para compra de carne bovina. Atualmente, em todo o Planeta, apenas os 27 países da UE cobram a rastreabilidade.

Atualmente, a rastreabilidade é individual, mas, no futuro modelo, o brinco conterá a informação se os animais podem ir ou não para exportação, posição que depende do pagamento de um bônus pelos animais entregues com o brinco individual.

O vice-presidente da Faesc acredita que o novo modelo de rastreabilidade poderá garantir a retomada do volume de exportação para a Europa. Em 2008, a Comunidade Européia alegou deficiências no modelo de rastreabilidade adotado pelo Brasil e restringiu as importações de carne. O novo modelo também possibilitará incrementar a comercialização de carne rastreada no mercado interno, principal destino do produto.

O Brasil tem o maior rebanho comercial do mundo, mas, apenas 3% da carne produzida no Brasil é consumida pelos europeus. Por isso, o PGA não é um sistema voltado apenas para a exportação, mas para a melhoria geral da produção agropecuária brasileira.

A nova plataforma de gestão agropecuária permitirá que o produtor tenha uma senha para acessar ao sistema de onde estiver, inclusive para impressão de guias de trânsito animal. Outra vantagem é a ampliação do controle sanitário: eventuais problemas poderão ser comunicados eletronicamente para o escritório local responsável pela propriedade que forneceu os animais.

As informações são de assessoria de imprensa.

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