Falta de chuva compromete safrinha do milho no Paraná
O milho que está em desenvolvimento vegetativo é o mais afetados pela estiagem
Depois da lua-de-mel com o clima na safra 2010/11 e nos primeiros meses deste ano, quando as chuvas possibilitaram a melhor colheita de grãos de todos os tempos, os produtores das regiões norte e noroeste do Paraná se deparam, outra vez, com um problema que na última década foi causadora de muitos prejuízos: a estiagem.
Quem conseguiu semear a chamada safrinha de milho mais cedo – até o final de fevereiro -, está sofrendo menos, pois ainda foi beneficiado por chuvas. O fato é que os mais precoces representam apenas uma pequena parte da área cultivada na região.
É o caso de São Jorge do Ivaí, onde se calcula que 10% do total do milho esteja na fase final de granação (enchimento de grãos). "A perda nessa fase é menor", afirma o técnico agrícola Gilberto Zanzarini, da Cocamar.
Como não chove com intensidade desde o final de abril e 70% das lavouras estão em período de granação – quando mais necessitam de água, a situação é preocupante. "A formação das espigas fica comprometida", acrescenta o técnico. Os restantes 20%, em plena fase de desenvolvimento vegetativo, são os mais afetados pela estiagem.
Previsão menor
A possível quebra da safra regional ocorre num momento em que o mundo estima uma produção menor da produção global de grãos. O Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês), ajustou para baixo sua estimativa para a produção mundial de trigo e grãos forrageiros como o milho nesta safra 2011/12.
Apesar de a correção ter sido pequena e de não ter resultado em redução das projeções de estoques, as novas previsões podem representar sustentação extra para as cotações desses produtos no mercado internacional, que já está particularmente sensível a quaisquer cortes na oferta tendo em vista em reservas em geral abaixo das médias históricas, conforme publicou o Valor Econômico na última sexta-feira (27).
Quem conseguiu semear a chamada safrinha de milho mais cedo – até o final de fevereiro -, está sofrendo menos, pois ainda foi beneficiado por chuvas. O fato é que os mais precoces representam apenas uma pequena parte da área cultivada na região.
É o caso de São Jorge do Ivaí, onde se calcula que 10% do total do milho esteja na fase final de granação (enchimento de grãos). "A perda nessa fase é menor", afirma o técnico agrícola Gilberto Zanzarini, da Cocamar.
Como não chove com intensidade desde o final de abril e 70% das lavouras estão em período de granação – quando mais necessitam de água, a situação é preocupante. "A formação das espigas fica comprometida", acrescenta o técnico. Os restantes 20%, em plena fase de desenvolvimento vegetativo, são os mais afetados pela estiagem.
Previsão menor
A possível quebra da safra regional ocorre num momento em que o mundo estima uma produção menor da produção global de grãos. O Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês), ajustou para baixo sua estimativa para a produção mundial de trigo e grãos forrageiros como o milho nesta safra 2011/12.
Apesar de a correção ter sido pequena e de não ter resultado em redução das projeções de estoques, as novas previsões podem representar sustentação extra para as cotações desses produtos no mercado internacional, que já está particularmente sensível a quaisquer cortes na oferta tendo em vista em reservas em geral abaixo das médias históricas, conforme publicou o Valor Econômico na última sexta-feira (27).