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Falta de chuva já causa prejuízo nas lavouras do Oeste de Santa Catarina


Sem chuva forte há mais de 20 dias, o Oeste de Santa Catarina já começa a contabilizar os prejuízos no campo. O cultivo de milho, soja e feijão - as três principais culturas da região - pode ficar seriamente comprometido se não chover nos próximos dias. A soja poderá registrar problemas na formação de grãos nas vagens, o milho pode sofrer prejuízos no penduramento e o feijão, este mais sensível à falta de umidade, corre o risco de nem completar a fase de desenvolvimento da vagem. "Se não chover em oito dias, as perdas no feijão se tornam praticamente inevitáveis", disse o agricultor Gentil Killian, de Linha Tafona, interior de Chapecó.

Ontem (06-02), a gerência da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri) na região reuniu engenheiros, pesquisadores e técnicos agrícolas em Maravilha para discutir alternativas de enfrentamento da estiagem e fazer os primeiros levantamentos de perdas. Na semana que vem uma nova reunião deve ocorrer em Chapecó para tratar do mesmo assunto.

O agrônomo Luiz Freire disse que ainda não é possível dimensionar com precisão as perdas provocadas pela falta de chuva. Segundo ele, a fase crítica para as lavouras de milho e soja já passou. "Os problemas maiores serão registrados no milho plantado no final de novembro e que agora está em plena fase de formação dos grãos. Com o feijão plantado em janeiro, o quadro é ainda pior, pois falta água para facilitar o surgimento da flor."

A falta de chuva não traz só prejuízos para a colheita. Com o forte calor, é muito comum o aumento no surgimento de pragas agrícolas que oferecem problemas de extermínio. A terra seca e quente também dificulta a qualidade das pastagens para o gado leiteiro. Em algumas propriedades rurais já existe a preocupação com a escassez de água para aves, suínos e bovinos. Os agricultores oestinos temem a ocorrência de uma prolongada seca, como a registrada no verão do ano passado. A última chuva considerada boa pela estação de pesquisas da Epagri de Chapecó foi registrada em 17 de janeiro, quando choveu 27,5 mm. Durante todo o mês choveu apenas 115,6 mm, 40% abaixo do total verificado em anos anteriores.

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