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Falta de diálogo apontado como vilão na cadeia da carne

Representantes do setor produtivo participam de audiência sobre cadeia da carne


A falta de diálogo entre o setor produtivo, indústria e varejo é consensualmente o maior vilão na cadeia produtiva da carne, segundo reconhecem os produtores presentes esta manhã em audiência pública que ocorre esta manhã na Assembléia Legislativa, em Campo Grande.

O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Laucídio Coelho Neto, diz que os entraves se acirraram a partir da implantação do Sisbov (Sistema de Identificação de Origem Bovina e Bubalina), que ao invés de premiar animais rastreados penalizou toda a classe, com nivelamento de preços por baixo. “Os frigoríficos participam pouco das negociações e os pecuaristas estão ficando com todo o ônus”, diz.

O presidente do SRCG (Sindicato Rural de Campo Grande), Rodolfo Vaz de Carvalho, disse que há muito se sabe que os supermercados têm a maior fatia do lucro mesmo sendo o elo que fica menos tempo com o produto e que menos agrega valor. Porém, afirmou que não há como apontar um único vilão. O problema, admite, é a falta de conversa entre os elos. O economista Ido Michels, que desenvolveu o estudo da cadeia da carne, afirma o varejo fica com 24% do lucro. O responsável pela conclamação da audiência, deputado Paulo Corrêa (PL), reclamou da ausência da bancada federal e do secretário de Produção e Turismo, Dagoberto Nogueira, que está hoje em Coxim inaugurando centro de meteorologia.

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