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Falta de fertilizante: O que pode resolver o problema?

O preço do gás natural não tem perspectiva de queda. O petróleo permanece sob pressão


Foto: Divulgação

Além do aumento do preço do gás natural, que impacta a exportação de fertilizantes da China, a crise também tem motivos localizados nas implicações geopolíticas da Bielo-Rússia e seu ditador Aleksandr Lukashenko. A afirmação é dos analistas de mercado da TF Consultoria Agroeconômica.

“A Bielo-Rússia é responsável por 1/4 da produção mundial de cloreto de potássio. No poder desde 1994, Lukashenko perseguiu oponentes e reprimiu manifestações, o que levou seu país a ser alvo de sanções por parte da União Europeia e dos Estados Unidos. A falta de disponibilidade fez o preço disparar”, dizem os especialistas.

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De acordo com José Mendonça de Barros, da MB Agronegócio, “há uma escassez física de material no mercado por causa das restrições comerciais com a Bielo-Rússia e o potássio é indispensável. É produzido em alguns lugares, como Canadá, Rússia, Bielo-Rússia e um pouco na China – que está travando as exportações de fertilizantes para proteger seu mercado interno”.

Há, também, de acordo com ele, “escassez e aumento dos preços do nitrogênio, que são fundamentais para todas as culturas. O preço do gás natural não tem perspectiva de queda. O petróleo permanece sob pressão”.

“Na questão do fornecimento de potássio, pode normalizar alguma coisa, mas entra o efeito da desvalorização do câmbio – o dólar está cada vez mais alto. Com isto, a pressão sobre os custos de produção para a agricultura vai continuar, mesmo em um cenário em que a União Europeia alivie a pressão sobre a Bielo-Rússia”, conclui Mendonça de Barros.

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