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Falta eficácia ao Brasil, aponta Pratini

"Cabe ao Brasil aprender a produzir com menos água, menos fertilizantes e ainda aumentar a produtividade"


Focando ações necessárias para abastecer a população mundial em 2025 - projetada para atingir a marca de 9 bilhões de pessoas - o ex-ministro Pratini de Moraes conta que os segmentos mais emergentes serão de carnes, lácteos, açúcar e óleo vegetal, e alerta: "Cabe ao Brasil não apenas expandir a produção, como também aprender a produzir com menos água, menos fertilizantes e ainda aumentar a produtividade. Esse é o desafio, e para isso devemos deixar de ser eficientes para ser eficazes. Não podemos mais ficar assistindo ao mundo nos ditar regras. É preciso fazer marketing e aumentar o preço do produto que vendemos. Além disso, entre os desafios não basta apenas abrir mercados, é preciso mantê-los e ainda lidar com o protecionismo ambiental, sanitário e financeiro".


Como forma de eficácia, Pratini diz que o Brasil tem de conquistar agora negócios em mercados como o Japão. "Os japoneses são grandes consumidores de porco e o Brasil não vende nada para eles. O mercado lá é de 1 milhão de toneladas ao ano". Ainda enfatizando a necessidade de eficácia, Pratini lembra que a Europa é outro grande consumidor de carne de porco. "O Brasil não está querendo comprar avião francês? Então, vamos fazê-los comprar nossa carne. O Brasil tem de ser mais agressivo no comércio mundial. Não se pode ser bonzinho. O jogo é duro". Ainda nesta relação de mercados, ele cita que a opção à carne de frango pode ser levada aos países árabes.

O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária, Francisco Jardim, concorda com um Brasil mais agressivo. "Temos mesmo de investir no ambiente de negócios, modernizar os marcos-regulatórios do Brasil, como estamos fazendo agora com a aprovação do novo Código Florestal e em outras ações como a erradicação da febre aftosa, e assim ter um inquestionável sistema sanitário.

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