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Famato completa 46 anos

Para o presidente, Rui Prado, o momento é de comemoração e de reflexão sobre a importância da federação

Nesta sexta-feira (16-12), a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) completa 46 anos. Criada em 1965, a entidade representa todos os Sindicatos Rurais de Mato Grosso, sendo a principal porta-voz do Sistema Sindical Rural. Atualmente, são 86 sindicatos e mais de 25 mil produtores rurais representados pela entidade, que tem como um dos objetivos produzir informação estratégica para orientar o produtor, batalhar por seus direitos e articular a política institucional.


Para o presidente, Rui Prado, o momento é de comemoração e de reflexão sobre a importância da federação para os produtores, a sociedade e o estado. "A Famato é uma instituição que já está madura. Participa das grandes discussões sobre a agropecuária no nosso estado e tem uma interação muito grande com as associações. Nós buscamos fazer um trabalho diferenciado, que traga benefícios ao produtor e ao estado de Mato Grosso", diz Prado. Ele destaca ainda que todos os atos importantes e que, de alguma forma, impactaram no meio rural contaram com a participação da entidade no processo decisório nestes últimos 46 anos.

Somente em 2011, a atuação da Famato resultou em ganhos econômicos da ordem de R$ 8,3 bilhões - quantia similar à arrecadação anual do Estado de Mato Grosso. A cifra corresponde ao montante que os produtores rurais mato-grossenses deixaram de desembolsar durante o ano, em decorrência da atuação da entidade. Deste total, por exemplo, R$ 50 milhões se referem à suspensão da cobrança da Tacin (Taxa de Segurança Contra Incêndio), e R$ 850 milhões resultaram das ações de renegociação de dívidas rurais, em parceria com o Banco do Brasil.

AUTONOMIA

Se nos seus primórdios a Famato e as demais entidades do setor sindical brasileiro estavam muito atreladas ao governo, a partir da promulgação da Constituição Brasileira, em 1988, sua autonomia se amplia. "Eram entidades que tinham que rezar de acordo com a cartilha do governo sob pena de intervenção, principalmente durante o regime militar", relembra o assessor jurídico Luiz Alfeu, que trabalha na federação há 36 anos.


A Constituição permitiu também a desvinculação da arrecadação da contribuição sindical rural do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para a Receita Federal. Em seguida, esta atribuição passou a ser das próprias entidades sindicais. "Foi um momento decisivo, pois as federações passaram a se organizar e a arrecadar suas receitas, tendo muito mais autonomia para atuar", avalia Alfeu.

Hoje, a Famato, além de representar os 86 sindicatos rurais, possui em sua estrutura organizacional o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), que, juntos, formam o Sistema Famato.

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