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Famato receberá entidades para lançar Movimento Pró-Logística

A iniciativa pretende promover uma mobilização social e política com a finalidade de garantir avanços para esta questão, considerada caótica no Estado

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) irá sediar no dia 20 de agosto o lançamento do Movimento Pró-Logística, criado por entidades do agronegócio com o objetivo de propor projetos e soluções para as deficiências logísticas de Mato Grosso. A iniciativa pretende promover uma mobilização social e política com a finalidade de garantir avanços para esta questão, considerada caótica no Estado.

Com a Famato integram o movimento: Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso), Acrimat (Associação dos Criadores de Mato Grosso), Ampa (Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão), Fiemt (Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso), Crea-MT (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Mato Grosso), além do governo estadual e prefeituras.

Reunidos na última semana, os membros do movimento discutiram um estudo que identifica os principais fatores que o sistema modal impacta no estado e destacaram alguns projetos prioritários. De acordo com o diretor-secretário da Famato, Valdir Correa, que participou da reunião, o levantamento mostra o quanto é essencial uma reforma na logística para o desenvolvimento de Mato Grosso. “A logística influencia diretamente na vida dos mato-grossenses e na economia do Estado. Com propostas e projetos, queremos a reestruturação da logística como um todo, em seus aspectos sociais, econômicos e ambientais”, disse o diretor ressaltando sobre a conclusão e a pavimentação das vias que implicam em melhorias na infraestrutura, como as BRs 163, 364 e 158 e a criação da BR-242.

Segundo o estudo, entre os pontos que justificam a legitimidade do Pró-Logística ganham destaque os altos custos sociais que impactam a saúde, a educação e a qualidade de vida. Não menos importantes são os altos custos econômicos, acarretando em perda de competitividade da agricultura, indústria e comércio, com produtos mais caros aos consumidores, além dos altos índices de acidentes nas rodovias e elevada emissão de gás CO2 (carbônico) pelo uso intenso do modal rodoviário.

“Mato Grosso não tem apenas o modal rodoviário, há outros importantes mecanismos como as ferrovias e hidrovias que poderiam ser melhor aproveitados desde que haja planejamento e viabilidade de praticá-los”, disse o presidente da Famato, Rui Prado.

Segundo dados do movimento, Mato Grosso tem o preço médio do diesel (R$ 2,40) mais caro do país, o que implica em alto custo do frete. Para escoar o produto da região de Sorriso ao porto de Paranaguá (PR), por exemplo, há uma perda de 30% do valor de origem, enquanto que no Paraná esse percentual fica em média 7% a menos ao produtor em relação ao transporte de Mato Grosso. A proposta do setor é de reduzir em US$ 20 por tonelada o valor no frete de grãos. “Se a logística do Estado funcionasse normalmente, permaneceriam em Mato Grosso US$ 500 milhões por ano”, disse Correa, acrescentando que o valor daria para construir três estádios de futebol.

Nos próximos dias 5 e 6 de agosto, os representantes do movimento se reunirão com parlamentares e ministérios ligados ao assunto para tratar da questão.

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