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Fapesp e pecuaristas vão mapear o genoma do boi


A Fundação de Amparo à Pesquisa à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a Central Bela Vista Genética Bovina estão investindo US$ 1 milhão para mapear o genoma do boi. Ao contrário de outras pesquisas do gênero, esta tem cunho econômico. Os cientistas querem descobrir quais são os genes responsáveis pela precocidade sexual, a maciez da carne, a produtividade do leite e a resistência a doenças, entre outros. "Queremos usar a tecnologia como aliada para aprimorar a pecuária", diz Jovelino Mineiro, presidente da Central Bela Vista Genética Bovina.

Serão sequenciados apenas 3% de todo o genoma do boi. "É um trabalho direcionado. Estudaremos apenas os tecidos de importância econômica", diz Luiz Lehmann Coutinho, coordenador do projeto. Na pesquisa, será usado como referência o gene do nelore. Hoje, 80% do rebanho brasileiro, de 170 milhões de cabeças, é composto de nelores puros ou cruzados.

O Brasil é o terceiro maior exportador mundial de carne bovina, atrás apenas de Estados Unidos e Austrália. "Temos todas as condições de assumir a liderança desse mercado. Por isso, esse projeto é fundamental", afirma o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, presente no lançamento do programa.

Os genes identificados serão patenteados e depois utilizados em pesquisas para o desenvolvimento de medicamentos, por exemplo.

A Fapesp entrará com US$ 500 mil no projeto e a Central Bela Vista com o restante. "Se descobrirmos o gene mais importante, o responsável pela precocidade sexual, poderemos ganhar milhões", diz Mineiro.

Esse é o segundo projeto de cunho econômico desenvolvido pela Fapesp. O primeiro, realizado em 2001, visa o sequenciamento do genoma do eucalipto para aprimoramento da matéria-prima.

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