Fase de plantio do Projeto Biomas também no Cerrado
Pesquisadores iniciaram os experimentos dos subprojetos na fazenda sede
Pesquisadores iniciaram os experimentos dos subprojetos na fazenda sede
O Projeto Biomas está iniciando os plantios experimentais dos subprojetos Cerrado, na Fazenda Entre Rios, que fica no Distrito Federal, a 60 quilômetros da capital, Brasília. Pesquisadores testam plantios de sementes e de mudas em diferentes profundidades, espaçamentos e adubações nas áreas de produção agrícola, de reserva legal e de preservação permanente da fazenda.
Os dois primeiros experimentos envolvem pesquisadores da Embrapa e da Universidade de Brasília, focando principalmente no plantio direto de sementes de árvores nativas com potencial econômico, procurando alcançar formas sustentáveis de ocupação dessas paisagens.
Os dois primeiros experimentos envolvem pesquisadores da Embrapa e da Universidade de Brasília, focando principalmente no plantio direto de sementes de árvores nativas com potencial econômico, procurando alcançar formas sustentáveis de ocupação dessas paisagens.
A semeadura foi realizada em valas abertas com sulcador tipo bico de pato acoplado ao trator. Depois foi jogado o adubo, que muitas vezes é específico para cada espécie. No caso da semeadura direta foram testadas duas profundidades: 35 e 10 centímetros. Acertar as dosagens de nutrientes na adubação para que as plantas respondam com o máximo de produtividade não é um processo fácil, ainda mais com espécies nativas, que pouco se conhece sobre o cultivo. Todos estes fatores devem ser considerados, analisados e experimentados para que os pesquisadores possam aconselhar corretamente os pequenos e grandes agricultores.
Em um dos experimentos de semeadura, que considera dez espécies nativas, o adubo já havia sido escolhido baseado na análise do solo e das plantas, além do histórico da área. Adeni Silva de Lima, doutoranda de botânica na Universidade de Brasília e responsável por este subprojeto, explica a importância da adubação sem a necessidade da calagem: “Cada planta tem uma necessidade específica, um adubo diferente, e como neste caso estamos trabalhando com espécies nativas, não é necessária a calagem.”
Em um dos experimentos de semeadura, que considera dez espécies nativas, o adubo já havia sido escolhido baseado na análise do solo e das plantas, além do histórico da área. Adeni Silva de Lima, doutoranda de botânica na Universidade de Brasília e responsável por este subprojeto, explica a importância da adubação sem a necessidade da calagem: “Cada planta tem uma necessidade específica, um adubo diferente, e como neste caso estamos trabalhando com espécies nativas, não é necessária a calagem.”
Com as sementes na mão, todo cuidado com o espaçamento é necessário - exatamente 10 sementes por metro, intercalando as espécies. Este cuidado é especial para a correta análise posterior dos resultados. Em algumas das valas também é feita a semeadura da lobeira, espécie pioneira do cerrado e facilitadora para a ocorrência de outras espécies nativas. Ela proporciona resultados práticos na reconstituição natural do cerrado. Terminada a preparação do solo e a semeadura, pesquisadores e estagiários pegam suas enxadas para cobrir levemente as sementes com terra.
Para finalizar, a palhada da roçagem da sobra dos plantios anteriores é espalhada com ancinhos nas beiradas das valas semeadas. Este procedimento ajuda a manter a umidade do solo e minimiza a competição de espécies invasoras. “Trabalhamos para que em alguns anos, com esses resultados, os produtores possam aproveitar a utilização de árvores como a cagaita e baru em suas fazendas, recebendo o conhecimento necessário sobre a adubação e cultivo para recuperar o bioma de forma sustentável”, completa Aldeni.
SOBRE O PROJETO BIOMAS
O projeto é uma parceria entre Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Os estudos já estão sendo desenvolvidos nos seis biomas brasileiros. Os pesquisadores buscam soluções para a produção sustentável de alimentos, a partir da reintrodução da árvore nas propriedades rurais do Brasil. O Projeto Biomas tem o apoio do SEBRAE, Monsanto, John Deere e Vale Fertilizantes.
Para finalizar, a palhada da roçagem da sobra dos plantios anteriores é espalhada com ancinhos nas beiradas das valas semeadas. Este procedimento ajuda a manter a umidade do solo e minimiza a competição de espécies invasoras. “Trabalhamos para que em alguns anos, com esses resultados, os produtores possam aproveitar a utilização de árvores como a cagaita e baru em suas fazendas, recebendo o conhecimento necessário sobre a adubação e cultivo para recuperar o bioma de forma sustentável”, completa Aldeni.
SOBRE O PROJETO BIOMAS
O projeto é uma parceria entre Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Os estudos já estão sendo desenvolvidos nos seis biomas brasileiros. Os pesquisadores buscam soluções para a produção sustentável de alimentos, a partir da reintrodução da árvore nas propriedades rurais do Brasil. O Projeto Biomas tem o apoio do SEBRAE, Monsanto, John Deere e Vale Fertilizantes.