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Fazenda de Minas Gerais bate recorde em produtividade de milho

O Norte de Minas alcançou a produtividade de 160 a 180 sacas por hectare de milho, superando os maiores indicadores


O Norte de Minas alcançou a produtividade de 160 a 180 sacas por hectare de milho, superando os maiores indicadores nacionais, que são em média de 80 sacas/hectare. A marca foi registrada na Fazenda Correntes, localizada neste município, e que curiosamente está sendo pleiteada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra para reforma agrária. Os empresários Antônio Delfrânio e Fernando Rezende Penido informam que na semana passada iniciaram a colheita dos 850 hectares plantados de milho. As 144.500 sacas de milho serão comercializadas em Minas Gerais e São Paulo, totalizando 8,6 mil toneladas.

O presidente da Sociedade Rural de Montes Claros e vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado (Faemg), Alexandre Viana, comemora a produtividade alcançada na fazenda, pois, segundo ele, comprova o potencial do Norte de Minas para o agribussines. Ele afirma que esta produtividade é “fan tástica" e precisa ser levada para concurso nacional. “Isto é recorde nacional, pois deu uma média de 10.200 quilos por hectare. É comum acontecer uma produção de 100 a 120 sacas na área irrigada com pivô. O índice de 160 a 180 sacas é fenomenal", disse Alexandre Viana.

O engenheiro agrônomo Fábio Miorelli, responsável técnico da Fazenda Corrente, também ressalta a excelente produtividade obtida e observa que, no início da colheita, estão sendo gerados 300 empregos diretos. O engenheiro agrônomo Marcos Eugênio Sampaio, da Emater, explica que o Norte de Minas sempre apresenta uma média de 30 sacas/hectare no plantio de sequeiro, enquanto na irrigação, de 150 sacas/hectare. “O Norte de Minas tem poucas áreas de milho irrigada. Este ano ocorreram boas chuvas e isso ajudou na produção. Temos que comemorar os resultados de produtividade obtidos nesta fazenda", declarou o agrônomo.

A mesma área plantada de milho será usada para o plan tio da safra de café, aproveitando o resíduo deixado após a colheita, e servirá de matéria orgânica para a cafeicultura, que começa em novembro. São 8 milhões de pés de café, numa área de 1.500 hectares, com produtividade de 100 sacas/hectare de café, superando a média nacional de 30 a 60 sacas. O empresário Delfrânio Penido prevê que na produção de café serão gerados 2 mil empregos, e toda a produção abastecerá o mercado brasileiro e uma parte será exportada para os Estados Unidos.

A Fazenda Correntes voltará a produzir álcool combustível. Foram gradeados 800 hectares para plantio da cana-de-açúcar com o objetivo de fabricar 75 mil litros de álcool por dia, produção suficiente para resolver o problema do abastecimento do Norte de Minas por três meses, com perspectivas de preço mais barato, pois não terá frete. A propriedade já tem 8.000 cabeças de gado e 3 mil hectares plantados eucaliptos para produção de madeira imunizada.

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