Febre aftosa prejudicou exportações de carnes

As carnes bovina, de aves e suína geraram uma receita de US$ 833 milhões entre janeiro e outubro contra US$ 1,03 bilhão em igual período de 2005 - representando queda de 19,5%. O volume exportado de carne suína passou de 59 mil toneladas para 19 mil toneladas (-68%) e a receita caiu de US$ 134 milhões para US$ 32 milhões.

Não houve exportação de carne bovina de janeiro a outubro. O motivo, segundo a economista da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Gilda Bozza, é porque ainda persistem as consequências dos focos de febre aftosa que ocorreram no Estado em outubro de 2005. O Paraná já foi declarado como área livre de febre aftosa pelo Ministério da Agricultura, mas ainda depende da anuência da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE).

O setor de madeira gerou receita de US$ 838 milhões e manteve as exportações estáveis. O sub-setor de papel e celulose passou de US$ 154 milhões para US$ 180 milhões o que representa um crescimento de receita de 17%.

Outros setores - As exportações de milho em grão foram beneficiadas pelos preços de exportação que passaram de US$ 98,11/tonelada para US$ 116,27/tonelada. A receita foi de US$ 288 milhões e o volume comercializado de 2.475 mil toneladas. As exportações de café tiveram receita de US$ 210 milhões com acréscimo de receita de 8%.

O complexo sucro-alcooleiro (açúcar bruto e álcool etílico) registrou de janeiro a outubro uma receita de US$ 389 milhões contra US$ 220 milhões, o que significa um aumento de 77%. As exportações de açúcar foram de US$ 286 milhões e as de álcool etílico de US$ 103 milhões, com crescimento de receita de 62% e 137%, respectivamente. O volume comercializado de álcool cresceu 42% entre janeiro e outubro.