O cruzamento de dados apurados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) revela uma situação curiosa na indústria frigorífica em Mato Grosso: a redução de 37% na capacidade de abate registrada este ano, acarretada pelo fechamento de várias plantas, é muito próxima à taxa de ociosidade com que as unidades operaram no ano passado, que chegou a aproximadamente 40%. O índice de desocupação nas indústrias em 2008 foi o resultado da ampliação de unidades de abate em contraste com o encolhimento do rebanho no Estado.
Isso significa dizer, a grosso modo, que a saída de alguns frigoríficos do mercado equalizou a dinâmica entre a oferta de gado e a capacidade de processamento. Porém, a matemática do mercado da carne não termina nesses simples números.
Apesar de “extirpar” a margem de ociosidade quando a análise recai sobre o mercado geral da carne, o fechamento das plantas trouxe a pecuaristas de várias regiões um problema que pesa sobre as receitas da atividade: os custos elevados com o frete para escoar a produção até os frigoríficos em funcionamento e mais distantes. “Os frigoríficos que continuam em operação absorveram essa produção. A conta fecha para o produtor, mas reduz a margem de lucro, que já está menor em decorrência do aumento dos custos de produção”, alerta o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari.
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