Feijão tem tendência de alta
O mercado do feijão cores segue reagindo aos problemas climáticos
Agrolink
- Eliza Maliszewski
Foto: Marcel Oliveira
Em abril, com o início da segunda safra, ainda não havia uma expectativa de que a produtividade das lavouras dos feijões preto e cores seriam tão afetadas.
Problemas de estiagem no Sul do país, principalmente no Paraná, importante produtor na segunda safra, afetam negativamente a produtividade dos feijões preto e cores. A queda na produção estimada pela Conab em maio, em relação ao levantamento anterior é de 5,5%. Nesse cenário, oferta e demanda deverão continuar ajustadas por mais um ano.
Com isso, os preços seguiram a sazonalidade do período e entraram em movimento de queda, que fora revertido em maio diante da queda na produção esperada. O mercado do feijão cores segue reagindo aos problemas climáticos, que afetaram negativamente a produtividade de importantes localidades produtoras do grão, principalmente na região Sul, com destaque para o Paraná.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) essa queda na produção colabora para um cenário de recuperação dos preços, mesmo em um período onde a sazonalidade é negativa. “Com isso, a tendência sazonal de alta, que ganha força a partir de junho, parece ser antecipada para o mês de maio. O Cenário para o feijão preto não difere do cores, sendo que a tendência sazonal de alta, que ganha força a partir de junho, parece ser antecipada para o mês de maio”, aponta o boletim AgroConab.
O dólar valorizado e o crescimento da produção da segunda safra de feijão caupi, principal variedade exportada, contribuiu para o aumento dos embarques bem acima da média para o período nos últimos cinco anos.