Feijão terá ano “agitado”: Ibrafe
Se houver mais restrições na circulação, a tendência é que o consumo volte a aumentar
“Começamos um novo ano, um novo ciclo. Isto não significa que teremos menos turbulências no mercado de Feijão. Aliás, os próximos 60/90 dias serão de muita especulação, valorizações seguidas de quedas rápidas, precedendo um novo rali de preços”. A avaliação e projeção são do Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses).
Quais medidas serão utilizadas para frear a contaminação crescente da população com a COVID-19? “Se houver restrições mais fortes para a circulação da população, a tendência é que o consumo volte a aumentar como ocorreu durante o período de lockdown no ano passado”, afirma o presidente do Instituto, Marcelo Lüders.
Outro fator já estabelecido, destaca ele, é a área pequena de Feijão plantada e também o atraso do plantio da segunda safra que ocorrerá no Paraná. Entre os feriados, a procura continuou maior do que a demanda, mas os compradores estavam em busca de pagar R$ 285/290 para Feijão-carioca nota 8,5/9. No interior de São Paulo houve alguns negócios ao redor de R$ 300.
FEIJÃO-CARIOCA
Matematicamente, afirma ainda o Ibrafe, há menor volume disponível em janeiro do que em novembro e dezembro do ano passado no feijão-carioca. “É difícil imaginar que um empacotador vai entrar comprando forte já nesta semana, porém, se os preços mantiverem próximos para o produtor na casa dos R$ 250/270 no Feijão-carioca, haverá mais disposição do comprador em comprar e, por outro lado, pouca disposição do produtor em vender”, conclui Marcelo Lüders, comandante da entidade mais representativa do setor de pulses brasileiro.