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Ferrugem asiática chega à região de Maringá (PR)


Uma das doenças mais temidas pelos produtores de soja na safra 2004/05, a ferrugem asiática, chegou à região de Maringá, no Paraná. No final de dezembro, um foco foi encontrado em uma plantação de Aquidaban, distrito de Marialva, mas foi controlada. A confirmação da doença ocorreu em dia 28 de dezembro. A ferrugem estava em estado inicial e não representa mais nenhum perigo para a soja produzida na região, garantiu ontem o engenheiro agrônomo da Emater, Paulo Roberto Milagres. Segundo ele, a safra 2004/2005 apresenta condições climáticas ‘propícias para a propagação da doença’, ou seja, calor e alta umidade. Mesmo assim, a ferrugem pode não se espalhar pelas propriedades na região. Em Aquidaban, o pequeno foco descoberto foi combatido com fungicida e completamente controlado, caso contrário, outros pontos da doença teriam sido identificados.

Nesta safra, confirmaram-se 60 casos de ferrugem asiática no Paraná. Deste total 31 foram em lavouras comerciais e o restante em canteiros de germinação que atuam como áreas sentinelas. Na região de Maringá, com 30 municípios e 300 mil hectares de soja, o único foco encontrado foi em Aquidaban. Londrina registrou quatro casos, mas a região com as condições mais favoráveis ao aparecimento da doença é no território entre Ponta Grossa e Guarapuava.

Milagres alertou que muitos produtores estão utilizando o fungicida de forma preventiva, enquanto o ideal seria apenas utilizá-la após a doença ser identificada. “O produto deve ser usado apenas em caso de surgir a doença ou o custo de produção ficar muito alto. Queremos acalmar o produtor, para que ele acompanhe pelo menos duas vezes por semana a identificação do foco, tão logo ele surja”, explicou.

Ataque à folha:

Nas duas últimas safras, a doença causou prejuízos de US$ 4 bilhões no país. Apenas na safra anterior, o prejuízo com o fungo foi de quase US$ 550 milhões e afetou praticamente todas as regiões produtoras de soja, principalmente onde o plantio foi tardio, inclusive no Paraná.

A doença reduz a produtividade das plantas, atacando as folhas e causando uma queda precoce dos grãos ou simplesmente a interrupção do seu crescimento. É causada por um fungo disseminado pelo vento e considerada agressiva e de grande poder destrutivo. Pode aniquilar uma lavoura de soja em sete dias. O combate se faz por meio de fungicidas, porém, a resposta ao agrotóxico é mais eficaz se ele for aplicado preventivamente.

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