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Ferrugem asiática deve atingir todo o Oeste do Paraná


Os casos de ferrugem asiática continuam chamando a atenção dos técnicos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab) na região Oeste do Paraná. Na semana passada o número de municípios onde as lavouras de soja foram atingidas pelo fungo era de 13. Hoje o órgão já não sabe mais precisar quantos são os casos espalhados nas propriedades de abrangência, mas a estimativa é que sejam mais de 20 municípios.

Segundo o chefe da Seab, Piotri Laginski, com o desenvolvimento vegetativo das plantas acaba sendo natural que a doença se espalhe e tome proporções e números crescentes em várias cidades. "Daqui para frente teremos muitos casos em todo o Oeste. O importante agora é proteger a lavoura da doença, pois a proporção é o que caracteriza a nossa principal preocupação. Apesar disso, estamos mais tranqüilos nesse ano, pois os agricultores estão preparados desde a safra passada. Naquela ocasião foram feitos diversos treinamentos para evitar que a ferrugem espalhasse pelas lavouras", comentou Laginski.

A doença pode destruir até 80% da plantação caso a área não seja tratada. Com isso, os custos de produção podem aumentar significativamente. Na safra passada as chuvas dificultaram o controle da ferrugem no País. A produção caiu pela primeira vez em cinco anos. De 52 milhões de toneladas passou a 49,8 milhões. A ferrugem asiática destruiu 4,5 milhões de toneladas, totalizando um custo para os agricultores de US$ 2 bilhões, ou cerca de R$ 6 bilhões.

Proliferação:

Piotri Laginski lembra ainda que o fungo se prolifera pelo vento e por isso os casos estão aumentando na região. "O excesso de umidade e calor contribuem para que a doença destrua a folha das plantas de soja", explicou. Caso o clima não se estabilize nos próximos dias, a tendência é de que as lavouras da região sofram ainda mais com a ação da ferrugem asiática.

"Se os dias continuarem úmidos a situação vai se tornar ainda mais complicada nas propriedades", explicou o engenheiro agrônomo da Seab, Cézar Pian. Ele garante que pelo menos a metade dos agricultores do Oeste já fez a aplicação do fungicida, o que acabou se tornando caro com as chuvas registras nos últimos dias. "Muitos terão que fazer outra aplicação para proteger a lavoura. Isso não compromete o ciclo da cultura, mas financeiramente acaba se tornando complicado para o investidor", afirma Pian.

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