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Ferrugem é detectada em 10% das amostras no PR

De 100 amostras analisadas por dia, em 10% a ferrugem está sendo encontrada


A Coamo Agroindustrial Cooperativa mantém dois programas para detectar doenças da soja no Paraná. Estão sendo analisadas uma média de 100 amostras por dia e a ferrugem asiática está sendo encontrada em 10% delas. Os programas desenvolvidos são para auxiliar os agricultores na identificação precoce de doenças e assim controlar para que possa reduzir volume de perdas e custos.

Os dois programas são o SOS Soja, que é desenvolvido na sede da cooperativa, e o Mini-lab, espalhado pelos municípios de atuação da Coamo. O projeto disponibiliza ainda as informações e ferramentas certas para o controle com a certeza do uso de produto/dose corretos, respeitando as práticas agronômicas. A ferrugem asiática é uma das doenças a serem diagnosticadas e se não controlada rapidamente pode causar até 80% de perdas na produtividade. Detectada inicialmente na safra 2000/01, a ferrugem já foi a responsável por perdas de milhões de reais nas lavouras de soja brasileiras nesses últimos anos.

Segundo o supervisor de assistência técnica da Coamo, Antonio Carlos Ostrowski, os programas são ferramentas colocadas à disposição dos produtores rurais e profissionais da área agrícola para monitorar o comportamento das lavouras de soja em épocas mais propicias para o ataque da doença dentre outras informações. “Diante da agressividade da doença e rapidez de disseminação, o controle preventivo e a identificação precoce são fundamentais. Assim como o conhecimento da ocorrência de condições climáticas favoráveis para seu desenvolvimento”, afirma Ostrowski.

O agrônomo ressalta que a rápida e a correta identificação é essencial para o controle das doenças. Ostrowski alerta para que os produtores rurais façam monitoramentos constantes, pois o clima está favorável para o ataque da ferrugem asiática. "O agricultor deve ficar atento. Na dúvida a recomendação é que ele procure um agrônomo para dar assistência", observa e acrescenta que o índice de ocorrências estão sendo o mesmo do ano passado.

Na região a ferrugem já foi detectada em Campo Mourão, Barbosa Ferraz, Fênix, Juranda, Mamborê, Araruna, Farol, Moreira Sales, Peabiru, Luiziana, Iretama, Pitanga e Roncador. No ano passado os programas analisaram 10.221 amostras sendo que em 39% foram detectados a ferrugem asiática.

Produtor rural não deve só se preocupar com ferrugem asiática

Resultados obtidos demonstram que os agricultores não devem só se preocupar com a ferrugem asiática, porque, segundo o supervisor de assistência técnica, Antonio Carlos Ostrowski, a ocorrência de outras doenças tem sido em nível alto.

O agrônomo revela que em 650 amostras analisadas até ontem, foram identificados entre 80 e 90% com doenças de final de ciclo e 20 e 50% com míldio, oídio, antracnose e bacteriose. "É importante que haja preocupação com a ferrugem asiática, contudo, o agricultor não deve descuidar das outras doenças", frisa Ostrowski.

Segundo ele outras doenças também devem ser diagnosticadas no início e efetuada as prevenções para que não haja evolução, pois podem acarretar em queda na produtividade e causar prejuízo para os agricultores. Na safra passada das 10.221 amostras analisadas pelos programas, em 67% foram encontradas doença de final do ciclo, 34% oídio, 36% bacteriose, 38% antracnose e 46% com míldio.

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