O ano passado foi positivo para a Fertibrás. A afirmação é de Wladimir Antonio Puggina, presidente da empresa. Em 2003, o lucro da companhia foi de R$ 67,9 milhões, em comparação com o prejuízo de R$ 14,1 milhões apurado em 2002. "Para este ano, nossas expectativas são de um crescimento modesto nas vendas, o que significa que não teremos um período nem tão bom como o de 2003 nem ruim como o de 2002".
Segundo projeções do executivo as vendas da empresa devem crescer entre 2,5% e 3% em 2004. Em 2003, a receita líquida de vendas da Fertibrás somou R$ 472,3 milhões, um aumento de 54% sobre o resultado do ano anterior. "Este foi o melhor resultado da história da empresa", diz o executivo.
Segundo ele, vários fatores contribuíram para o desempenho positivo: as vendas cresceram 55% sobre o resultado de 2002, além disso houve recuperação dos preços dos fertilizantes, aumento da margem da indústria e variação cambial favorável ao setor. "O bom desempenho de nossas subsidiárias -- Agrofértil e Fertimar -- e cooligada -- a empresa Fosfértil -- também contribuiu para o resultado positivo", avalia.
Estrutura enxuta
Para Puggina, o controle dos custos da companhia também ajudou na formação do resultado de 2003. "Houve um rigoroso controle nos custos, com a realização de poucos investimentos e o alongamento da dívida, através da emissão de debentures no valor de R$ 65 milhões", diz o presidente da empresa. Para o ano de 2004, os investimentos da companhia estão orçados em R$ 5 milhões a serem aplicados no aumento da capacidade da indústria de Alto Taquari e na ampliação do armazenamento do Porto de Paranaguá. "As pré-condições de culturas relevantes a exemplo da soja, do milho e do café são animadoras para o ano. Além disso, a liquidez agrícola deve crescer este ano", conclui.