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Fertilizantes puxam déficit em produtos químicos

US$ 21,6 bilhões no acumulado de janeiro a setembro, o que representou um aumento de 21,5%


O déficit da balança comercial em produtos químicos chegou a US$ 21,6 bilhões no acumulado de janeiro a setembro, o que representou um aumento de 21,5% em relação a igual período de 2017. Nos últimos 12 meses esse desequilíbrio no comércio exterior já atingiu US$ 27,3 bilhões, com projeção de que atinja US$ 28 bilhões em 018 – o maior resultado em quatro anos.

De acordo com dados divulgados pela Abiquim (Assuntos de Comércio Exterior da Associação Brasileira da Indústria Química), apenas em setembro o Brasil importou US$ 4 bilhões em produtos químicos, valor que representa aumento de 5,2% em relação a igual mês de 2017. Os produtos químicos mais importados foram os intermediários para fertilizantes, cujas compras externas totalizaram US$ 879 milhões no mês, aumento de 52,4% contra setembro de 2017.

Ainda segundo a entidade, no acumulado de janeiro a setembro as compras externas de produtos químicos somam US$ 31,6 bilhões. O número representa uma elevação de 13,4% frente ao mesmo período de 2017. 

“Em termos de volumes, as importações, de 31,5 milhões de toneladas, são apenas inferiores ao registro do mesmo período de 2017, que foram de 32,9 milhões de toneladas, recorde para o acumulado entre janeiro e setembro de um mesmo ano, desde o início do acompanhamento das quantidades importadas em produtos químicos, com compras externas concentradas em produtos químicos para o agronegócio, cujas importações de mais de 20,9 milhões de toneladas representam aproximadamente 70% do volume total importado”, aponta a Abiquim.

Para a diretora da entidade, Denise Naranjo, “o último trimestre de 2018 será particularmente desafiador, tendo em vista o turbulento cenário internacional e que no Brasil é preciso sermos pragmáticos quanto ao posicionamento estratégico que o País tem que assumir na nova realidade do comércio global e, nesse contexto, imediatamente se retomar a agenda de fortalecimento da competitividade da indústria com políticas públicas que promovam mais produção nacional e atração de novos investimentos. Só assim o País conseguirá nível maduro de desenvolvimento econômico coerente com seu tamanho e que permita a sua inserção internacional de maneira responsável e sustentável”.

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