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Fetag (RS) quer continuidade de pesquisa com transgênicos


Garantia de venda da atual safra e continuidade das pesquisas com transgênicos. Esses dois pontos foram considerados prioritários no encontro que representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag) tiveram na manhã de ontem com o secretário da Agricultura, Odacir Klein, em Ijuí. Ao final da reunião realizada no auditório da Universidade Regional do Noroeste do Estado (Unijuí), os agricultores elaboraram a Carta de Ijuí, pedindo que não haja prejuízo para a safra que será colhida em breve e a manutenção dos experimentos. O documento será encaminhado aos governos estadual e federal, além do Poder Judiciário.

O encontro reuniu centenas de produtores e integrantes de entidades da região. O fator de maior insegurança para os agricultores gaúchos é a venda da soja - com previsão de ultrapassar 8,5 milhões de toneladas - e as possíveis penalizações que os produtores de transgênicos possam sofrer. "A agricultura familiar é a grande vítima desse processo. Não foram os pequenos produtores que trouxeram e produziram essas sementes", reclamou o presidente da Fetag, Sérgio de Miranda.

Klein pediu tranqüilidade aos produtores e disse acreditar que a União e os parlamentares estão mobilizados para uma negociação normal da safra atual. Segundo o secretário, as ações de fiscalização da Polícia Federal já estão atenuadas. "O governo não vai prejudicar a negociação de uma safra. Todos entendem que teremos uma colheita exuberante, com bons preços internacionais, e que, em conseqüência disso, nós precisamos ter uma comercialização normal", argumentou. Cautelosos, os produtores preferiram não se posicionar contra ou a favor do cultivo de produtos geneticamente modificados no país.

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