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Ficafé 2013 discute sustentabilidade nas lavouras

Incia hoje (03), o II Simpósio de Difusão Tecnológica do Norte Pioneiro, maior evento da cafeicultura do Estado do Paraná


II Simpósio de Difusão Tecnológica do Norte Pioneiro do Paraná inicia maior evento da cafeicultura do Estado e atrai produtores da região e do interior de São Paulo; abertura é hoje (quinta-feira), dia 3
 
Começou nesta quarta-feira, dia 2, a sexta edição da Feira Internacional de Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná – Ficafé 2013, realizada pelo Sebrae/PR e pela Associação dos Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (ACENPP). O evento será promovido até sexta-feira, dia 4, no Centro de Eventos, em Jacarezinho. A abertura oficial está marcada para esta quinta-feira, dia 3, às 9 horas.

No primeiro dia da Ficafé 2013, os produtores participaram do II Simpósio de Difusão Tecnológica do Norte Pioneiro do Paraná. Na ocasião, especialistas discutiram a sustentabilidade das lavouras. Para Odemir Capello, consultor do Sebrae/PR, a geração de conhecimento é um diferencial da Ficafé. “Nossa intenção é levar informações para produtores rurais, técnicos agrícolas, engenheiros agrônomos e estudantes, com a intenção de capacitar todos os envolvidos na cadeia produtiva da cultura do café.”

De acordo com Luiz Fernando de Andrade Leite, presidente da Cooperativa dos Produtores de Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (COCENPP), a adoção de algumas medidas, como investimento em tecnologia, mecanização da lavoura, redução de custos, aumento da produtividade e comercialização de grãos com alto valor agregado, trazem resultados positivos para os produtores.

“Nossa intenção é disponibilizar informações para melhorar a produtividade de cafés especiais e certificados na região, independente dos fenômenos climáticos. Para isso, trouxemos os melhores especialistas em cafeicultura do Brasil”, disse o presidente da COCENPP. As palestras do Simpósio de Difusão Tecnológica foram ministradas pelos engenheiros agrônomos Fábio Moreira da Silva, da Universidade Federal de Lavras (UFLA), e Roberto Thomaziello, pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas (IAC).

Produtividade da lavoura

Durante a palestra “Manejo da Produção da lavoura cafeeira para sustentabilidade”, Roberto Thomaziello deu dicas para melhorar a produtividade. Ele destacou que a produção depende do manejo, do solo, da genética das mudas e, principalmente, das condições climáticas. A agricultura, no seu entendimento, é suscetível aos fatores ambientais indiretos (latitude, altitude, chuva, topografia e composição do solo) e diretos (radiação solar, longitude do dia, temperatura, água no solo, aeração do solo, minerais do solo, pragas e doenças). “Os produtores precisam aprender a interpretar essas ações para saber o que pode afetar a produtividade da lavoura”, afirmou Roberto Thomaziello.

O engenheiro agrônomo ressaltou que manter a planta vigorosa é fundamental para garantir uma boa safra. “A quantidade de folhas para manter a florada é essencial. Se na fase da florada não houver folha, o índice de produtividade cai”, apontou. Thomaziello também salientou a importância da realização da análise foliar e da análise de solo, que orientam os processos de adubação. “Se elas forem bem feitas, mostram como economizar no adubo e melhorar a lucratividade da plantação.”

A adoção do ‘quebra-vento’ também influencia diretamente na produtividade da cultura do café. O ‘quebra-vento’ protege as plantas e evita a quebra, que torna os pés de cafés mais sensíveis à entrada de bactérias. “A quebra também fecha os estômatos e provoca a diminuição da fotossíntese, que interfere na produção”, analisou Roberto Thomaziello.

O produtor Augusto Zancheta elogiou as palestras, que trouxeram a pesquisa para o universo do produtor rural.  “Foi um programa de extensão intensivo. O Thomaziello é expert na área da nutrição da planta e a palestra foi esclarecedora. Não imaginava que o ‘quebra-vento’ era tão importante para a produtividade da lavoura. Já a primeira palestra [ministrada pelo engenheiro agrônomo Fábio da Silva] focou o lado econômico e mostrou a visão do gestor”, destacou.

Planejamento e gestão

Roberto Thomaziello explicou que a cultura do café é perene e que o custo da produção é elevado. “O custo de uma lavoura de aproximadamente cinco mil pés de cafés é de cerca de R$ 15 mil por hectare. Por isso, o plantio exige planejamento e análise de risco a médio e longo prazo”.

Ele acrescentou que, por não se tratar de um produto perecível,  é preciso ficar atento às especulações do mercado. “Todos esses aspectos estão relacionados à gestão da propriedade. Os produtores precisam conhecer os valores reais da produção e vender o café quando ele estiver em alta”, orientou o engenheiro agrônomo.

Realização
 
Os organizadores do evento estimam a participação de cerca de 4 mil visitantes na Ficafé 2013.

O evento é uma realização do Sebrae/PR, ACENPP, Cooperativa de Cafés Especiais Certificados do Norte Pioneiro do Paraná (COCENPP), além do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SEAB), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), da Associação dos Municípios Norte Pioneiro (Amunorpi), da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (CREA-PR), Sicoob, Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Associação dos Engenheiros e Agrônomos do Norte Pioneiro (AEANP), Território da Cidadania Norte Pioneiro, Unimed, Banco do Brasil e  Instituto Federal Sul de Minas.
Para acessar a programação completa, acesse www.ficafe.com.br.

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